Cerimónia de incorporação da obra do arquiteto português decorreu esta semana, juntamente com o lançamento do seu novo livro AKIK.
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Museu do Côa
Museu do Côa é um dos projetos que integram o acervo Wikimedia commons
Cátia Colaço
Cátia Colaço (Colaborador do idealista news)

O acervo do premiado arquiteto português Camilo Rebelo acaba de ser incorporado na Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura, em Matosinhos (Grande Porto). Em causa estão 18 projetos que abrangem 20 anos de trabalho do arquiteto (2000-2020), espelhando a evolução e coerência da sua trajetória arquitetónica. 

Entre estes projetos que estão agora na Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura, destaque para o Museu do Côa, o Promisse (em Grândola) e projetos e concursos internacionais realizados na Suíça, Grécia, Polónia e EUA.

A obra de Camilo Rebelo, marcada pela profundidade conceptual, relação com o território e dimensão poética do espaço, é reconhecida tanto nacional como internacionalmente. Além das suas obras arquitetónicas, Camilo Rebelo, atualmente com 53 anos, conta também com uma intensa atividade docente, desde muito cedo, em instituições de ensino como Lausanne, Mendrisio, Milão e Xangai, entre várias outras, tal como é destacado em comunicado.

Projetos incluídos no acervo

Os 18 projetos e obras que vão compor o acervo dos 20 anos de trabalho de Camilo Rebelo na Casa da Arquitectura são os seguintes:

  • Museu do Côa (2004–2010);
  • Museu de Arte Moderna de Varsóvia (2007);
  • AKM Quarteirão Residencial (2007–2009);
  • Casa Árvore (2007–2009);
  • What if NYC (2008);
  • Casa Ktima (2009– 2013);
  • Museu do Carro Elétrico (2010);
  • Escola BMRS (2010);
  • Casas em Genebra (2012);
  • Casa Almo (2012), Promise (2012–2020);
  • OVO (2012–2014);
  • Expresso 40 Anos (2014);
  • ZUS (2014);
  • Museu da Cidade – Extensão Douro (2015–2019);
  • Casa Miraflor (2016–2019);
  • Adega Alfaiate (2019);
  • MD (2020).

Este sábado, dia 8 de novembro, pelas 11 horas, haverá uma visita gratuita orientada ao Museu do Côa, que contará com a presença dos autores do projeto, os arquitetos Camilo Rebelo e Tiago Pimentel. Esta visita está sujeita a inscrição prévia.

Apresentação e venda do livro AKIK

O novo livro de Camilo Rebelo, AKIK, cuja edição pertence a Pedro Leão Neto e publicação à scopio Editions, foi apresentado esta semana no final da cerimónia de recebimento do seu acervo, no Espaço Álvaro Siza.

O livro expande o pensamento do arquiteto, continuando a linha de reflexão iniciado com o volume OLIM, mas num registo mais ensaístico e íntimo, explorando o modo como as ideias emergem, se organizam e se transformam em matéria arquitetónica. O AKIK explora o processo criativo, as tensões entre intuição, memória e construção, assim como a procura do sentido poético do espaço, lê-se na nota.

Camilo Rebelo: do Porto para o mundo

Camilo Rebelo nasceu em 1972, na cidade do Porto. Estudou no Colégio Alemão do Porto, formou-se em 1996 na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e trabalhou com Eduardo Souto Moura, entre os anos de 1994 e 1998, e com Herzog & de Meuron, entre 1998 e 1999.

Começou a criar projetos em 2000, quando iniciou atividade no Porto, criando, desde essa altura, cerca de uma centena, alguns em parceria com Tiago Pimentel, Susana Martins, Cristina Chicau e Patrício Guedes.

O arquiteto portuense conta ainda com um vasto currículo a lecionar em faculdades portuguesas e internacionais, como a Faculdade de Arquitetura e a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), a Escuela Técnica Superior de Arquitectura de la University of Navarra (ETSAUN) e a Accademia di Architettura di Mendrisio. O Politecnico di Milano acolhe, desde 2014, o seu estúdio de investigação, Arquitetura e Paisagem.

A área de investigação de Camilo Rebelo centra-se, sobretudo, na relação entre arquitetura e natureza, fazendo a ligação entre contextos urbanos e áreas de paisagem natural protegida e classificada. 

O arquiteto português conta já com várias distinções nacionais e internacionais, onde se destacam o Prémio Bauwelt, o Prémio Baku UIA, o Prémio Douro Valley, nomeações para o Prémio SECIL, o Prémio Suíço BSI e o Prémio Mies da UE. A casa Ktima foi escolhida pela BBC2 para figurar numa série documental intitulada The World’s Most Extraordinary Homes (Underground).

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