Construção

Os custos de construção de habitação nova aumentaram 6,5% em junho, em termos homólogos, um crescimento de 0,4% face ao mês anterior que se deve sobretudo devido à subida dos preços dos materiais. Em causa estão estimativas divulgadas esta terça-feira (10 de agosto de 2021) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) não há dúvidas: é crucial concretizar os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o domínio da habitação, os quais estão, sobretudo, orientados para resolver as carências mais graves nesta matéria. A entidade considera, ainda, que esta será uma oportunidade para reforçar o tecido empresarial português, sobretudo as pequenas e médias empresas de construção. 

Os preços dos materiais de construção não param de aumentar. E o cenário mais provável é que o valor final da habitação passe a refletir esta subida. Mas enquanto nas casas de luxo este valor é facilmente absorvido, na habitação acessível o mesmo não acontece.

Os contratos de empreitadas celebrados por concursos públicos atingiram 1.506 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 66% que no mesmo período de 2020, segundo o barómetro das obras públicas da AICCOPN.

A reabilitação urbana continua a crescer e a um ritmo consolidado. Isto porque a taxa de crescimento homóloga detetada em junho de 2021 é quase igual à de maio, diz a AICCOPN.

Em Portugal, as empresas de construção precisam de obter uma autorização (alvará ou certificado) antes de iniciar atividade. Mas o valor a pagar não é igual para todas: as construtoras estrangeiras têm de pagar menos que as portuguesas para obter um alvará de construção.

Os preços da construção estão a subir em flecha, motivados pelo aumento do preço dos materiais e pela falta de mão de obra qualificada. Tudo isto tem preocupado o setor, que teme mesmo que este cenário comprometa a execução dos projetos.

O mercado da construção e imobiliário mostrou – e mostra – estar resiliente à pandemia da Covid-19, “tendo sido considerado um dos setores com melhor desempenho no contexto da atual crise sanitária”, conclui a Hays, baseando-se em dados do Guia do Mercado Laboral (GML) 2021.

O concurso público de conceção da nova ponte sobre o rio Douro que servirá a rede de metro, ligando a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídeo, em Gaia, recebeu 27 propostas “de todos os cantos do mundo”, adiantou a Metro do Porto, em comunicado.

A produção no setor da construção acelerou em maio na Zona Euro e na União Europeia (UE) em termos homólogos – 13,6% e 11,6%, respetivamente – e na variação em cadeia, ou seja, face a abril – 0,9% e 0,7%, respetivamente. Um valor superior ao verificado em Portugal, onde a produção na construção aumentou 7,7% face a maio de 2020 e 0,1% comparativamente com abril de 2021.

O furação da pandemia da Covid-19 abalou - e está a abalar - vários setores. E o da construção, apesar de ter revelado “alguma resiliência”, também foi afetado.

O Governo pretende lançar em setembro o concurso para projetos de conversão da central a carvão do Pego, em Abrantes, que será desativada em novembro, segundo anunciou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.Em entrevista à Lusa, em junho, Matos Fernandes disse que o plano para