Comentários: 0
Jazigo, que pertence à família Palrão, publicado pelo CM
autorizado

As "casas" para viver depois da morte parecem ser um dos novos negócios no setor imobiliário em Portugal. A Remax está a anunciar a venda de uma, suposta, moradia em Lisboa por 60 mil euros, que afinal é um jazigo particular, no cemitério de Benfica. E, ainda que pareça insólito, o anúncio está a atrair a atenção da concorrência desta imobiliária, que quer começar a fazer negócios do mesmo tipo.

O Correio da Manhã noticia que o jazigo da rua n8 8, lote 304, do cemitério de Benfica pertence à família Palrão e foi desenhado pelo arquiteto E. P. Lopes, tendo espaço para oito caixões. O "ativo imobiliário" está a venda como "vivenda" no site da Remax e, de acordo com o diário, chega a ser partilhado por outros sites de vendas de casas como "moradia T0, estado usado".  

Citada pelo jornal, a Remax diz que é a primeira vez que vende um jazigo e que "está classificado como 'outros'" e argumenta que "qualquer preconceito não faz sentido". "O nosso objetivo é ajudar os clientes a fazer negócios."  

A empresa imobiliária revelou ainda ao CM que "o consultor [da Remax] já foi contactado por vários colegas que queriam informação sobre os procedimentos legais a efetuar, uma vez que têm também clientes interessados em colocar jazigos à venda", refere a imobiliária.

O aumento do número de cremações é a justificação encontrada para a venda crescente de jazigos. Em vários sites encontram-se à venda jazigos, que custam entre os 5 mil euros e os 50 mil. 

Ver comentários (0) / Comentar