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Cerca de um quarto das empresas portuguesas pagava dentro dos prazos em 2015, o que representa uma “ligeira melhoria” face ao ano anterior, uma tendência que se manteve no primeiro semestre de 2016.

Em causa está o estudo “Comportamentos de Pagamento 2016”, da Informa D&B, sobre comportamentos de pagamento das empresas. Segundo o mesmo, “a percentagem de empresas portuguesas que pagam nos prazos (20,5%) ainda está longe da média europeia (37,5%)”, e “há mais empresas a pagar com atrasos até 30 dias e menos a pagar com atrasos até 90 dias”.

Segundo a Lusa, que se apoia no relatório, em 2015 registou-se uma “ligeira melhoria” de 2,7% na proporção de empresas que pagaram dentro dos prazos, uma tendência que também se verificou no primeiro semestre deste ano, com uma melhoria de mais 0,4%.

De acordo com o documento, no final de 2015, “mais de metade das empresas portuguesas (58,6%) pagavam com atrasos até 30 dias”, 9,6% das empresas tinham atrasos nos pagamentos entre 30 e 90 dias e 11,7% tinham os pagamentos com atrasos superiores a 90 dias, sendo que estes três grupos representam 79,9% das empresas portuguesas com atrasos nos pagamentos.

De referir que as micro e as pequenas empresas são as que registam “índices mais elevados no cumprimento dos prazos de pagamento em Portugal (24% e 21,1%, respetivamente)”. No entanto, entre as microempresas não cumpridoras, 10,6% paga a mais de 90 dias após o prazo acordado. Já entre as grandes empresas, “apenas 6,8% respeitam os prazos de pagamento, com 78,3% destas empresas a pagar com um atraso até 30 dias”.

Por setores, o que mais cumpre os prazos de pagamento é o da agricultura, silvicultura, caça e pesca (com 24,1% das empresas a cumprirem). A construção é, por seu turno, o setor com mais empresas com pagamentos em atraso a mais de 90 dias (20,4%).

Em termos comparativos, Portugal é o pior pagador da Europa (20,5% das empresas paga dentro do prazo). Seguem-se Bulgária (21,7%) e Grécia (22,7%). Já a Dinamarca está entre os melhores pagadores, com 87% das empresas a pagar dentro dos prazos. Alemanha (72,3%) e Hungria (59,8%) completam o pódio.

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