
As Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) chegaram a Portugal há cinco anos. Mas tem-se sentido falta de interesse por parte dos investidores na compra de títulos das três SIGI que existem no país. Para tornar este instrumento mais atrativo, a Euronext Lisbon diz já estar a trabalhar em propostas para alterar o regime das SIGI.
Desde 2019 até então, só foram criadas três SIGI em Portugal, com portfólios centrados em centros comerciais, escritórios, terrenos para construção e ativos turísticos. Mas duas destas SIGI não têm qualquer ação negociada até ao momento, escreve o Expresso:
- Olimpo Real Estate Portugal: esta foi a primeira SIGI a ser criada pelo Bankinter e Sonae em 2020. Nestes quatro anos, só foram negociados 43 mil títulos, o que representa 0,01% do do volume médio de ações vendidas num só dia na bolsa de Lisboa;
- Atrium Bire: esta SIGI também do Bankinter e da Sona entrou em bolsa em abril do ano passado. Até agora, ainda nenhum investidor comprou ações da empresa;
- Vila dos Números: uma SIGI que começou a ser cotada em junho deste ano, com 50 mil ações disponíveis. Também não houve qualquer transação de títulos até agora.
Estes números revelam uma falta de interesse dos investidores na compra de títulos das três SIGI que estão cotadas na bolsa de Lisboa, gerida pela Euronext. Segundo o mesmo jornal, isto deve-se à falta de atratividade do próprio regime da SIGI, bem como aos poucos benefícios fiscais associados a este tipo de veículo, como a isenção de IRC sobre rendimentos prediais, por exemplo.
Neste sentido, a Euronext disse ao mesmo jornal estar “a trabalhar em propostas que visam melhorar o regime das SIGI, de forma a torná-las mais competitivas e atrativas, em linha com os regimes internacionais deste instrumento”, como é o caso dos Real Estate Investment Trusts (REIT), que atraem muito investimento imobiliário nos EUA.
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