Novo dono do imóvel quer tornar o Avenida da Liberdade 195 num edifício de escritórios premium, avança ao idealista/news.
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Ismael Clemente, CEO da Merlin Properties
Ismael Clemente, CEO da Merlin Properties, confirma que a socimi espanhola é a nova dona do emblemático edifício em Lisboa. idealista/news

Mantendo-se na rota de conquista pelo mercado de escritórios em Lisboa, a Merlin Properties entrou na corrida pela compra da antiga sede do Novo Banco e saiu vencedora, ao pagar 112,2 milhões de euros pelo imóvel. Agora, a gigante imobiliária espanhola que negoceia na Bolsa de Lisboa, desde o início de 2020, prevê investir outros cerca de 40 milhões de euros para transformar o Avenida da Liberdade 195, em Lisboa, num edifício de serviços premium, avança Ismael Clemente, CEO e fundador da socimi ao idealista/news.

"A ideia é submeter o imóvel a uma reforma muito profunda e fazer um magnífico edifício de escritórios ao nível da excelente localização que tem, onde além do mais não há oferta de qualidade. O pouco que há disponível (nesta zona da capital portuguesa) são escritórios muito antiquados", concretiza Ismael Clemente, confirmando que a Merlin é a nova proprietária do ativo, dois dias após o Novo Banco ter comunicado ao mercado que fechou a venda da sua emblemática sede, o histórico quartel-central do extinto BES, sem revelar o comprador.

antiga sede do Novo Banco
Avenida da Liberdade 195 é a emblemática sede do Novo Banco, antigo quartel-general do extinto BES.. idealista/news

Segundo o banco - que vai continuar para já como inquilino, enquanto a nova sede está em construção no Tagus Park (Oeiras) -, a concretização desta transação imobiliária, envolvendo o ativo na Avenida da Liberdade, deverá acontecer no terceiro trimestre e ter um impacto positivo de 55 milhões de euros nas contas de 2022.

Socimi espanhola está na Bolsa de Lisboa e aposta no mercado de escritórios, centros de dados e logística

O objetivo da Merlin - que, por exemplo, é dona do antigo Monumental, no Saldanha, (onde se instalou o BPI como inquilino, também de depois de uma profunda reforma do edifício), além de vários outros edifícios de renome em Lisboa - é que o imóvel que acaba de comprar ao Novo Banco seja "um edifício puramente de escritórios, com retail no rés do chão", tal como concretiza o gestor, frisando que "não será nada de residencial, nem hotel".

Para isto, "e se queremos fazer algo verdadeiramente bom em termos das certificações Leed, Well e Wired Score", o responsável antecipa que seja necessário "investir cerca de 40 milhões de euros", ressalvando, no entanto, que "uma estimativa correta de custos só poderá ser feita quando tenhamos o projeto terminado, que ainda não está". 

O que sim, neste momento, é ainda totalmente uma incógnita são os prazos do projeto. Questionado sobre quando deverão arrancar e estar concluídas as obras de reformulação, o administrador-executivo da Merlin Properties admite que "essas previsões são impossíveis de fazer quando se trata de tramitar licenças com a Câmara Municipal de Lisboa". 

  • Além do mercado de escritórios, a gigante imobiliária quer tornar-se num player de referência num dos ativos imobiliários que mais têm despertado interesse nos últimos tempos: os centros de dados. Depois de começar a trabalhar no seu primeiro projeto na Península Ibérica, localizado em Álava (País Basco, Espanha), a socimi espanhola que negoceia na praça lisboeta quer avançar com mais três projetos no espaço ibérico. Em Madrid e Barcelona os projetos estão em marcha e o seu centro de dados em Lisboa deverá ver luz verde durante os meses de outono deste ano.
  • Por outro lado, na área da logística, onde também tem vindo a investir em Portugal, no ano passado inaugurou o “Lisboa Park”, em Castanheira do Ribatejo, sendo este apontado como o maior parque logístico de Portugal, ampliando a operação da empresa na Península Ibérica.
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