
O segmento de escritórios em Lisboa e Porto está a mostrar um “maior dinamismo”, tendo a ocupação de espaços aumentado em fevereiro face a janeiro nas duas cidades 45% e 385%, respetivamente, segundo dados divulgados pela JLL.
Um desempenho, no entanto, inferior ao verificado no período homólogo. “Estes índices de crescimento ocorrem, contudo, face a patamares contidos e consideravelmente inferiores aos registados no ano anterior, alcançando-se em fevereiro os 6.526 m2 de ‘take-up’ em Lisboa e os 1.975 m2 no Porto”, refere a consultora imobiliária em comunicado.
Citada na nota, Sofia Tavares, Head of Markets Advisory da JLL, considera que haver “uma aceleração mensal é um sinal animador para o mercado, dado que o arranque do ano foi marcado por um mês de janeiro muito pouco ativo, especialmente no Porto, onde praticamente não houve atividade”. Mas “à parte da melhoria registada em fevereiro, o ‘take-up mantém-se em níveis baixos e bastante inferiores aos registados no ano passado”, comenta.
“Estes atuais níveis de ‘take-up’ são, em parte, explicados pelo facto de 2024 ter sido um ano excecionalmente forte a nível de ocupação e pré-arrendamento da nova oferta, com operações de grande dimensão, pelo que as empresas estão a ter maior dificuldade este ano em encontrar espaços modernos e atuais que respondam às suas exigências. Ou seja, há uma menor entrada de nova oferta a chegar ao mercado e isso trava naturalmente o ritmo de ocupação”, acrescenta.
Segundo a JLL, foram consumadas em Lisboa em fevereiro nove operações de arrendamento – todas para ocupação imediata – que totalizaram 6.562 metros quadrados (m2). A área média por operação foi de 725 m2, sendo o Corredor Oeste a zona mais ativa do mês (53%) e as empresas de TMT’s & Utilities as mais dinâmicas (51%). No acumulado do ano, a ocupação na região ascende a 11.041 m2, o que equivale a cerca de 22% da atividade registada nos mesmos dois meses de 2024.
Relativamente ao Porto, após um mês de janeiro quase sem atividade, somou 1.975 m2 em fevereiro, contabilizando-se três operações de arrendamento, todas também para ocupação imediata. A área média por operação foi de 658 m2 e a Zona Empresarial do Porto foi a mais ativa, agregando 69% da ocupação, tendo o setor de Serviços Financeiros sido o que teve mais procura, com 62% do ‘take-up’. “Em termos acumulados, o Porto contabiliza 2.382 m2 de ocupação nos dois primeiros meses de 2025, o equivalente a 38% da atividade registada em igual período de 2024, então de 6.302 m2”, conclui a JLL.
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