Edifícios industriais vão manter origem arquitetónica, sendo adaptados aos novos modelos de trabalho.
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Escritórios em Lisboa
The Wake, Alcântara Créditos: CBRE | Dils

Da reabilitação de cinco armazéns portuários vai nascer um novo edifício de escritórios na Doca de Alcântara. Adaptando a arquitetura industrial aos novos modelos de trabalho, o novo projeto The Wake promete atrair talento para os escritórios, reinventando a frente ribeirinha de Lisboa.

Este novo edifício de escritórios The Wake vai nascer da regeneração de cinco antigos armazéns portuários na Doca de Alcântara, anteriormente ocupados por espaços de restauração e entretenimento. Contará com uma área total de 2.758 metros quadrados (m2), dos quais 1.890 m2 ainda estão disponíveis para receber novos ocupantes, referem em comunicado enviado às redações. E vai dispor ainda de um espaço exterior com 400 m2 que beneficia da paisagem envolvente junto ao rio Tejo com vista para a Ponte 25 de Abril.

Trata-se de um projeto desenvolvido pela promotora imobiliária Placer, em joint venture com o empresário Francisco Matos Gil, que decidiu mesmo tornar-se no primeiro ocupante do The Wake, tendo já absorvido cerca de 800 m2 de escritórios. Os restantes espaços estão a ser comercializados pelas consultoras CBRE e a Dils em regime de co-exclusividade.

Com conclusão prevista para o último trimestre de 2025, o The Wake (desenhado pelo atelier de arquitetura AAVV) representa uma aposta na regeneração urbana da frente ribeirinha lisboeta. “Este projeto transformador preserva o legado histórico dos edifícios e introduz uma nova vida e dinamismo numa zona de enorme potencial, aliando a autenticidade da arquitetura industrial à inovação dos novos modelos de trabalho”, destaca António Almeida Ribeiro, Head of Offices Investor Leasing da CBRE Portugal, citado no documento.

“Este projeto é uma oportunidade para reinventar a frente ribeirinha de Lisboa com um produto diferenciador, que alia património, localização e qualidade arquitetónica. Surge como resposta à crescente procura por localizações mais disruptivas, refletindo uma tendência que tem marcado os últimos anos. Num momento em que o mercado valoriza, cada vez mais, a experiência e o propósito dos espaços de trabalho, estes armazéns são um exemplo claro dessa transformação”, refere Para Mariana Rosa, Head of Office da Dils Portugal.

Aliás, segundo António Almeida Ribeiro, este projeto de escritórios acaba ter características que são hoje muito procuradas pelas empresas, como a localização junto ao rio, terraços privativos e fácil acesso a espaços de lazer e de desporto. A somar a tudo isto, a transformação de armazéns em escritórios é “um conceito sempre muito procurado, mas até agora com disponibilidade praticamente inexistente” no mercado português, acrescenta.

Numa altura em que os modelos de trabalho estão a mudar, o The Wake pretende simbolizar “um despertar para uma nova visão do trabalho presencial e do papel central que os espaços físicos desempenham na qualidade de vida das pessoas”, explicam na publicação. “As prioridades na escolha de espaços de escritórios estão a mudar. Mais do que nunca, a atração de talento é chave, e para isso são necessários mais incentivos para trazer as pessoas de volta ao trabalho presencial. As empresas privilegiam, cada vez mais, espaços que proporcionem qualidade de vida às suas equipas”, conclui Eduardo Pinto Basto, Managing Partner da Placer. 

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