
o primeiro-ministro pedro passos coelho e o secretário-geral do ps antónio josé seguro estiveram esta terça-feira no salão internacional do sector alimentar e de bebidas (sisab), em lisboa, e por pouco não se cruzaram. ambos aproveitaram a ocasião para falar sobre a sétima avaliação da “troika” ao programa de ajustamento português. passos admitiu a possibilidade de discutir um novo plano de ajustamento para o défice e seguro voltou a criticar o governo, assegurando que é “fã da austeridade”
segundo o chefe de governo, o executivo pode discutir com a “troika” um novo plano de ajustamento do défice, como já aconteceu durante a quinta avaliação, de forma a portugal ter mais um ano para cumprir essa meta. “[portugal não pedirá] nem mais dinheiro nem mais tempo para concluir [o processo com a ‘troika’]. tencionamos concluí-lo até junho de 2014 com o envelope financeiro que estava acordado” com as instituições internacionais, garantiu passos coelho, referindo, no entanto, que “é provável que essa matéria [o plano de prazos de ajustamento do défice] esteja novamente em discussão”
citado pelo público, o primeiro-ministro lembrou que no ano passado o país teve, “na quinta avaliação, a possibilidade, a pedido do governo, de ter mais um ano para ajustar o défice do estado”. “estamos a iniciar uma avaliação. iremos ver com atenção os números de que dispomos do lado da execução orçamental”, afirmou, lembrando ser política da união europeia não permitir que os estados-membros possam apresentar défices superiores a 3%
antes, foi a vez de antónio josé seguro visitar o sisab. o líder do ps revelou que a presidente do fundo monetário internacional, christine lagarde, respondeu à carta de há dez dias, na qual seguro pedia que esta avaliação tivesse um cunho essencialmente político. preferindo não revelar o teor da mesma, seguro “colou” o primeiro-ministro à austeridade da “troika”. “este governo é fã da austeridade. o primeiro-ministro disse que o seu programa era o programa da ‘troika’. ele defende, ele aplica, ele é um dos principais executores desta política de austeridade em cima de austeridade”, referiu
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