Défice do segundo trimestre (10,5%) é o maior desde a resolução do BES, em 2014
No primeiro semestre de 2020, o défice ficou nos 5,4% do PIB, mas esta é uma “média” – entre janeiro e junho – com dois períodos muito diferentes: no primeiro trimestre, que foi parcialmente afetado pela pandemia da Covid-19, o défice foi de 1,1% enquanto no segundo trimestre, completamente afetado pela crise, o défice foi de 10,5% do PIB, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se do maior défice num trimestre desde a resolução do BES, no terceiro trimestre de 2014, a qual levou o saldo orçamental para os -16%.
Portugal já teve um défice de 1,1% do PIB no primeiro trimestre de 2020
Portugal registou um défice orçamental de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) até março, em contas nacionais, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quarta-feira (24 de junho de 2020). O primeiro trimestre ainda foi pouco afetado pelos efeitos da Covid-19 na economia, bem como pelas medidas que o Governo adoptou para fazer face ao impacto da pandemia, pelo que os efeitos deverão ser mais acentuados a partir do segundo trimestre.
Economia a crescer em Portugal: é um dos 11 países da Zona Euro que não vai ter défice em 2020
Os governos já apresentaram as suas previsões para 2020, através das propostas de Orçamento do Estado (OE2020). Portugal, que apenas apresentou um esboço do documento, prevê acelerar o crescimento no próximo ano.
OE2020: Governo revê metas para próximo ano, com mais crescimento, mas défice zero
O Governo decidiu rever ligeiramente em alta a sua previsão da evolução da economia nacional para o próximo ano. Espera agora um crescimento de 2% (contra 1,9% do Programa de Estabilidade de abril) e que o saldo orçamental seja equilibrado, com um défice zero (em vez do excedente orçamental esperado de 0,3% do PIB).
Portugal com o segundo maior excedente orçamental da UE no terceiro trimestre
Portugal registou o segundo maior excedente nas contas públicas (3,6% do PIB) na União Europeia (UE) no terceiro trimestre de 2018 e a maior subida face ao período anterior (6,4%). Segundo dados do Eurostat, só Malta teve um valor superior ao de Portugal (3,8%).
Alterações ao OE2018 custaram 200 milhões
As alterações ao Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) pesam 200 milhões de euros no défice, o equivalente a 0,1%. Em causa está uma conclusão da UTAO, que quantificou o impacto financeiro das 217 propostas viabilizadas durante a fase de discussão do OE2018 na especialidade.
Contribuintes gastaram 14,6 milhões para salvar bancos
A fatura é de milhões, mas não ficará por aqui. Números do Tribunal de Contas (TdC) revelaram que entre 2008 e 2016 os contribuintes gastaram cerca de 14,6 milhões de euros para salvar a banca. A maior ameaça? O BNP, que deve muito dinheiro à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
FMI otimista: PIB português cresce 2,5% este ano e meta do défice será cumprida
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista para Portugal, prevendo que a economia cresça 2,5% este ano e que a meta do défice de 1,5% seja cumprida. A instituição defende que o Governo deve aproveitar o momento para reduzir a dívida pública.
Bruxelas recomenda fecho do procedimento por défice excessivo de Portugal
Portugal está em vias de livrar-se do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), a que está sujeito desde 2009. A Comissão Europeia decidiu hoje recomendar ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o fecho deste procedimento.
Finanças ainda têm almofada de 910 milhões em 2016
Existe ainda uma folga de 910 milhões de euros do lado da despesa pública para este ano, indicam o Conselho das Finanças Públicas (CFP) e a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). Se a verba não for usada, dá um abatimento de 0,5% do PIB ao défice deste ano.