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Certificados energéticos: custos são elevados para proprietários

Os proprietários já eram obrigados a apresentar o certificado energético dos imóveis quando se consumava a venda ou o arrendamento, mas agora o documento é exigido numa fase em que ainda só há a intenção de vender ou arrendar e como condição prévia à promoção dos imóveis. O problema é que este documento tem custos, sendo que o preço varia conforme o perito ou a empresa de certificação, já que não há uma tabela fixada ao mercado. E depende também, claro, do tamanho do imóvel alvo do serviço e da complexidade do mesmo. Uma situação que desagrada aos proprietários.

Segundo Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), “passa-se de uma situação em que o certificado só era necessário aquando da concretização do negócio para uma exigência que é feita logo a partir da manifestação pública da intenção de negócio”. “Acontece que, atualmente, essa intenção sai defraudada na grande maioria das vezes, ou seja, o proprietário coloca o seu imóvel à venda ou no mercado de arrendamento, mas não sabe se vai ter cliente. Mesmo assim, é forçado a assumir um custo por antecipação”, lamenta, em declarações ao Expresso.

A publicação fez as contas e concluiu que a despesa de ter certificado energético pode ficar entre 150 e 200 euros em apartamentos e chegar aos 300 em moradias e duplex. No caso de serviços e comércio o valor sobre para os 400/550 euros, em média.

Luís Lima coloca o dedo na ferida, apontando criticas ao facto de serem aplicadas elevadas multas para quem não cumprir a lei, que entrou em vigor dia. “As agências têm estado a ligar para os proprietários a pedir o certificado energético e a verdade é que grande percentagem deles está a dizer que não vai apresentar o documento porque não têm disponibilidade financeira para tal”, alertou. “Num arrendamento de 300 ou 400 euros, obrigar à apresentação prévia do certificado energético, sem o proprietário saber se vai poder contar com essa renda, é uma exigência que raia o desumano neste momento tão complicado que vivemos”, acrescentou.  

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4 Comentários:

3 Dezembro 2013, 12:34

A certificação Energética é um documento inócuo e estúpido, além de servir apenas ao interesse de um certo lobbie. Pergunto a quem pode interessar um documento desta espécie “fundamentalmente na atual depressão económica em que vivemos?”, certamente que ao proprietário que desgraçadamente tem que vender a qualquer preço, ou alugar a qualquer valor. Este documento teria justificação sê acrescentasse valor ao imóvel. Mas não, não acrescenta valor nenhum, porque em Portugal o valor de um imóvel ou de uma renda não reflete de forma alguma uma remuneração condizente com o empate de capital no ativo imobiliário. A não que compre uma barraca por 25.000 € com Certificação classe “G”… sem porta e sem janela. Palhaços!

3 Dezembro 2013, 12:54

isto vai ser dificil...

3 Dezembro 2013, 19:17

Boas
1 º Mais uma Lei que não serve para nada
2 º Mais uma Lei só para criar despesa
3 º Qual é a diferença de ser A ou B
4 º este certificado é igual a ficha técnica da Habitação que também não serve para nada
5 º Fazem-se leis consoantes a área de trabalho dos amigos
6 º por ultimo esta lei é mais um caça a multa de milhões.
Salvador Bessa

4 Dezembro 2013, 18:15

Exactamente, a palavra adequada será mesmo "desumano" até por não ter interesse nenhum, excepto burocratizar....é assim nos Países desenvolvidos da Europa? E as caixilharias de madeira q tanto nos agradam e tb a Arquitectos e Ambientalistas, serão "enterradas" de vez....com justificações....de legislação, para optimizar as ditas categorias energéticas, nem que seja no agradável clima do Algarve.
Rui Sousa

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