
Paula Marques, vereadora da habitação da Câmara Municipal de Lisboa (CML), considera que o “efeito da nova lei do arrendamento urbano – entrou em vigor em novembro de 2012, mas sofreu entretanto alterações – não está ainda no seu pleno”. Prova disso é o facto do Subsídio Municipal de Arrendamento (SMA) não estar a ser bem sucedido.
“O MSA deveria ser alimentado por fogos em propriedades da administração central ou local que estivessem devolutos. Ou da banca. Mas a CML ao criar a renda convencionada acabou por responder, com património seu. (...) Como o MSA não teve uma grande adesão por parte daqueles a quem era destinado, respondemos assim. À medida que o programa do MSA foi sendo colocado, apercebemo-nos de que não havia dinamização”, disse Paula Marques, em entrevista ao Jornal de Negócios.
Segundo a vereadora, a autarquia está a analisar o facto de o SMA ter poucos candidatos: “Foi criado para responder às pessoas que, numa situação de emergência, estavam ou com a casa penhorada ou em situação de incumprimento no pagamento da renda e que tinham tido um decréscimo muito grande de rendimentos. (...) O que acho é que o efeito da nova lei do arrendamento não está ainda no seu pleno e isso pode ter feito com que as pessoas não acorressem tanto. (...) Creio que teve um pico logo no início e que, entretanto, os senhorios repensaram a sua relação com os inquilinos. Mas penso que não teve ainda a sua aplicação plena”.
No que diz respeito à habitação social, na CML há 70 bairros sociais onde habitam 26.000 famílias. Paula Marques admitiu que a capacidade da autarquia para esgotar os pedidos é insuficiente, havendo cerca de “1.900 pedidos em espera”. “O saldo [de pedidos de habitação social pendentes] mantém-se constante. Satisfazemos uns, mas entram logo mais e a nossa capacidade não permite esgotar todos. De maio até agora, fizemos mais de 60 entregas no âmbito do Regulamento de Acesso à Habitação Municipal [RAM]”, contou.
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