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Evitar duplas tributações ou permitir a dedução do IMI da casa arrendada no IRS são algumas das medidas fiscais que o setor do imobiliário pede ao próximo Governo para dinamizar o arrendamento em Portugal. Com a crise, que reduziu o crédito à habitação, a par da nova lei das rendas, o setor animou e agora o setor não quer perder terreno - sobretudo num momento em que a banca voltou a abrir a torneira do financiamento para a compra de casa.

"Queremos que haja mais mercado de arrendamento." A frase é de Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, mas a posição foi partilhada pelos oradores presentes na conferência "Observatório: O Imobiliário em Portugal", organizada pelo Jornal de Negócios esta quarta-feira, 16 de setembro.  

Agora que a torneira do financiamento volta a pingar, é preciso arranjar soluções para que o arrendamento se consolide. "Se houver mais mercado de arrendamento, os preços podem baixar. A fiscalidade é que tem de ser revista", reage Lavadinho, citado pelo jornal. Evitar duplas tributações ou permitir a dedução do IMI da casa arrendada no IRS são sugestões que deixa.  
 
Também o presidente da APEMIP, Luís Lima, igualmente citado pelo diário, mostra-se um "adepto fervoroso" desta modalidade, embora reconheça que a rentabilidade que dela se retira é menor. "Se queremos sobreviver, temos de trabalhar o mercado de arrendamento", remata.  
 
Com a redução que se assiste novamente nesta opção, Lima defende que é preciso "criar condições" para os arrendatários, tendo em conta a própria realidade dos baixos rendimentos em Portugal. Um estudo da APEMIP mostra que mais de metade das pessoas que arrendaram casa fê-lo com valores acima das suas possibilidades.  
 
A vontade da nova geração em regressar aos centros das cidades deve ser encarada como uma oportunidade para este mercado, mas a oferta actualmente disponível está longe de se adaptar à procura, consideram os especialistas, segundo escreve o Jornal de Negócios.

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