
Arrendar casa em Lisboa é mais caro que há um ano, mas a subida dos preços está a abrandar. No segundo trimestre do ano, as rendas das casas na capital subiram 1,8% face ao trimestre anterior e 17% em termos homólogos. Aumentos inferiores aos verificados nos primeiros três meses do ano, quando as rendas dispararam 4,6% em termos trimestrais e 20% em termos homólogos.
Segundo dados apurados pela Confidencial Imobiliário (Ci) no âmbito do Índice de Rendas Residenciais (IRR) referente ao concelho de Lisboa, a variação trimestral desceu de 7,4% no quarto trimestre de 2017 para 4,6% no primeiro trimestre deste ano e, por sua vez, para 1,8% no segundo trimestre deste ano. Um abrandamento que também se verifica em termos homólogos: há um ano, as rendas tinham subido 20% e agora aumentaram 17%.
“Ainda assim, este é já o oitavo trimestre consecutivo em que aumento homólogo das rendas habitacionais em Lisboa se realiza a dois dígitos, com o crescimento mais expressivo de 22% a ser atingido no segundo trimestre de 2017”, revela a CI em comunicado.
“Tal percurso de subidas intensivas nos dois últimos anos coloca as rendas em máximos de oito anos, com os níveis agora alcançados a posicionarem-se 38% acima dos observados em 2010 (ano base do IRR). Ao longo deste período, o nível mais baixo das rendas foi atingido há cinco anos (no segundo trimestre de 2013), face ao qual o atual momento apresenta já uma recuperação de 71%”, lê-se no documento.
Rendas sobem 14% na Grande Lisboa
Na Grande Lisboa, as rendas subiram 14% em termos homólogos e 3% em termos trimestrais, um crescimento idêntico ao verificado no trimestre anterior. De acordo com a Ci, “o contágio do desempenho das rendas na capital à restante região começou a ser visível sobretudo no último ano, com o IRR a exibir variações homólogas de entre 12% a 14% há cinco trimestres consecutivos”.
A nível nacional (no continente), as rendas subiram 11,2% em termos homólogos, tendo desacelerado cerca de 1,8% face à variação homóloga registada no trimestre anterior. Em termos trimestrais, a subida foi de 2,4%, também abaixo do registo de 3,6% do primeiro trimestre.
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