
As candidaturas ao Programa Renda Segura (PRS), que foi apresentado esta segunda-feira (18 de maio), já abriram: decorrem até 30 de junho e, numa primeira fase, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer arrendar 300 casas, para subarrendar a preços acessíveis aos jovens e famílias da classe média, através do Programa Renda Acessível. A colocação de imóveis desocupados ou prédios livres, ou em regime de Alojamento Local (AL), no mercado de arrendamento, é um dos objetivos do PRS, refere a autarquia. Preparámos um guia que ajuda a perceber como funciona o programa.
Segundo a CML, aos proprietários que celebrem contratos de arrendamento com o município, por um prazo não inferior a cinco anos, a autarquia garante:
- Rendimento atrativo e sem risco, com liquidez imediata;
- Isenção de IMI e IRS ou IRC de rendimentos prediais obtidos no âmbito de programas municipais de arrendamento habitacional a custos acessíveis;
- Fim da tributação de mais valias para os proprietários de AL que procedam à transferência dos seus imóveis para o arrendamento habitacional;
- Apoio técnico na gestão do contrato e devolução do imóvel no final do prazo em condições equivalentes às verificadas no momento da celebração.
Entretanto, e de acordo com o Jornal de Negócios, deverá haver um segundo concurso ao PRS, que se realizará de 15 de setembro a 30 de outubro, prevendo-se, ao todo, um total de mil arrendamentos para um investimento global de 15 milhões de euros.
Tudo o que é preciso saber sobre o PRS
Neste link poderás ficar a saber quais são as condições gerais de acesso ao programa. Mostramos-te em baixo algumas dessas condições, bem como vantagens que os proprietários têm em arrendar imóveis à CML:
- O PRS vigora até 31 de dezembro de 2021;
- Os senhorios que celebrem, até 31 de dezembro de 2020, contratos de arrendamento com o Município de Lisboa no âmbito do PRS ficam isentos do pagamento de IMI relativamente ao imóvel dado em locação, nos termos previstos na lei aplicável;
- O Município de Lisboa obriga-se a certificar que os contratos de arrendamento celebrados, até 31 de dezembro de 2020, no âmbito do PRS se enquadram, para efeitos fiscais, em programa municipal de oferta para arrendamento habitacional a custos acessíveis, para efeitos de concessão de benefício fiscal de isenção em sede de IRS e de IRC das rendas recebidas, nos termos previstos na lei aplicável;
- A isenção de IMI será decidida de forma autónoma pela Assembleia Municipal de Lisboa em data anterior à da celebração dos contratos, aplicando-se-lhe, com as devidas adaptações, o disposto no número anterior;
- Os limites máximos de preço mensal de renda por tipologia, na modalidade habitação, contratualizáveis no âmbito do PRS, são os seguintes: T0 (450 euros), T1 (600 euros), T2 (800 euros), T3 (900 euros) e T4 ou mais (1.000 euros);
- Os candidatos poderão apresentar propostas de valor mensal de renda inferiores aos limites máximos previstos, sendo o valor mensal de renda proposto um dos critérios de seleção e hierarquização das candidaturas para efeitos de contratualização de arrendamentos no âmbito do PRS;
- O valor inicial da renda mensal é aquele que resultar da oferta apresentada pelo senhorio e aceite pelo Município de Lisboa;
- Sempre que o imóvel esteja mobilado, os limites máximos de preço mensal de renda poderão ser majorados até um máximo de 10% do valor da renda proposto.
Valores de referência variam consoante as zonas
De acordo com o Expresso, existem valores de referência para as diferentes zonas da capital. As freguesias do Beato, Marvila e Santa Clara são as mais baratas, com preços a variar entre os 320 (T0) e os 710 euros (T4). Ajuda, Alcântara, Benfica, Lumiar, Olivais, S. Domingos de Benfica, Arroios e Penha de França ocupam o segundo escalão de preços (380 a 840 euros) enquanto Areeiro, Alvalade, Campolide, Carnide e Belém variam entre 410 e 900 euros.
As zonas mais caras correspondem às freguesias das Avenidas Novas, Campo de Ourique, Estrela, Misericórdia, Parque das Nações, Santa Maria Maior, Santo António e São Vicente, com valores a oscilarem entre os 450 e os 1.000 euros.
Como é feita a candidatura?
As propostas dos proprietários devem ser apresentadas preferencialmente por via eletrónica, através deste link. Nesta página está disponível um formulário que deve ser preenchido e enviado por email.
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