As obras não param em tempos de pandemia da Covid-19. Dois dos projetos residenciais que a promotora imobiliária portuguesa Habitat Invest lançou em Lisboa, o Alcântara Lofts, onde durante anos funcionou o Bingo do Atlético Clube de Portugal, e o Linea Residences, na Avenida 5 de Outubro, um edifício de escritórios que pertencia à Caixa Geral de Depósitos (CGD), já sairam do papel.
Sobre o Alcântara Lofts, a Habitat Investe refere, em comunicado, que as obras já arrancaram e que 80% do empreendimento está comercializado – são 33 unidades T0 a T2, com piscina e jardim, e as vendas estiveram a cargo da Five Stars – Brokers.
“Da autoria de Manuel Cotinelli Telmo Pardal Monteiro, o projeto apresenta 33 unidades T0 a T2, com piscina e jardim interior. Está prevista a recuperação da fachada industrial do Séc. XIX, com a preservação integral de todos os seus elementos, correspondendo os interiores, a alterar, às antigas instalações do Bingo do Atlético Clube de Portugal”, lê-se no documento.
A promotora imobiliária destaca o facto do empreendimento estar localizado em frente ao recém-inaugurado Hospital Cuf Tejo, na Avenida 24 de Julho, e inserido “numa área urbana em franco desenvolvimento e transformação, onde se encontram em fase inicial vários projetos imobiliários de grande relevância, destacando-se o RIVART, do Grupo SIL, e o Alcântara Garden, da OPTYLON KREA”.
No que diz respeito ao condomínio residencial de luxo Linea Residences, as obras de demolição já arrancaram, escreve o Expresso, adiantando que o imóvel em causa, situado na Avenida 5 de Outubro, perto de Entrecampos, era um edifício de escritórios que pertencia à CGD, tendo sido comprado pela Habitat Invest. O Linea Residences e terá 36 apartamentos T1 a T4 duplex e os preços de venda variam entre 600.000 euros e três milhões de euros.
“A Habitat Invest não trabalha o luxo. Temos projetos para a classe alta e outros com preços um pouco mais baixos, mas que ainda custam 3.000 a 4.000 euros por metro quadrado (m2). Era importante haver projetos a 2.000 ou 2.500 euros por m2 em Lisboa, mas nós não conseguimos lá chegar, porque os custos dos terrenos não o permitem, só com apoios do Estado ou das autarquias”, disse o presidente do conselho de administração e CEO da Habitat Invest, Luís Correa de Barros, citado pela publicação.
O responsável adiantou, de resto, que o que a Habitat Invest pagou pelo edifício “não dava para fazer outra coisa a não ser habitação e, neste caso, de topo”. Um valor que não foi, no entanto, revelado.
A Habitat Invest foi fundada em 2004 e já investiu mais de 285 milhões de euros em vários projetos. O seu portfólio conta atualmente com 11 projetos.
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