Portugal tem cerca de 118 mil imóveis com classe energética F, a menos eficiente. 
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Eficiência energética em Portugal
ECO

A eficiência energética dos edifícios está na ordem do dia. A pressão para tornar as casas mais eficientes vem também da Comissão Europeia (CE), havendo vários apoios em curso em Portugal que visam precisamente aumentar a eficiência energética das habitações. Os dados mais recentes mostram que dois em cada três edifícios têm classe C ou inferior, sendo que Portugal tem cerca de 118 mil imóveis com classe energética F, a menos eficiente. 

Segundo as contas do ECO, que se apoia em dados do Ministério do Ambiente, dos mais de 1,56 milhões de certificados energéticos emitidos desde 2013 para edifícios em Portugal, cerca de 118 mil (7,5%) estão classificados na classe F. Significa isto que para fazer obras que retirassem todos estes imóveis da classe de pior desempenho energético seriam precisos 471 milhões de euros, quase tanto como o montante reservado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para fomentar a reabilitação e a eficiência energética dos edifícios.

Tendo por base dados do Sistema de Certificação de Edifícios (SCE), foram emitidos, desde 2013, 1.561.950 certificados energéticos, dos quais 1.380.759 (88% do total) correspondem a imóveis de habitação e 181.191 (12% do total) a imóveis comerciais. Um quarto dos certificados são de classe C e apenas 2,5% correspondem à classe com melhor desempenho energético (A+). Por seu turno, na classe de pior desempenho energético (F) estão 7,5% dos certificados, ou seja, 117.886 imóveis, dos quais 115.672 correspondem a imóveis de habitação e 2.214 a imóveis de comércio ou serviços.

Os dados do Ministério do Ambiente permitem concluir que passar uma habitação da classe F para a E custa, em média, cerca de 4.000 euros. Adotando o mesmo cenário para um edifício comercial, o custo será de 3.500 euros. Feitas as contas, retirar as 115.672 habitações da última classe custaria cerca de 463 milhões de euros e retirar os imóveis comerciais custaria cerca de 7,75 milhões de euros, o que representa um total de 471 milhões de euros, escreve a publicação.

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