Com a dificuldade acrescida em comprar casa, devido aos altos preços dos imóveis, à alta inflação e à subida a pique dos juros no crédito habitação, há cada vez mais famílias a procurar casa para arrendar em Portugal como solução habitacional. Mas também este mercado está a ficar cada vez mais caro, devido à falta de oferta. Em concreto, os preços das casas para arrendar no nosso país subiram 5,5% no primeiro trimestre de 2023 face ao trimestre anterior, fixando-se em 13,6 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de março (valor mediano), aponta o índice de preços do idealista. Já em relação à variação mensal, a subida das rendas da casa foi de 1,7%.
Rendas das casas sobem em quase todas as capitais de distrito
No primeiro trimestre de 2023, o preço de arrendamento subiu em quase todas as capitais de distrito do país com dados representativos, com Viseu (17,6%) a liderar a lista. A lista de cidades onde as rendas das casas mais subiram segue com Leiria (13,3%), Viana do Castelo (9,6%), Braga (8,4%), Faro (7,8%), Setúbal (6,7%), Lisboa (6,6%), Funchal (5,2%), Coimbra (5%) e Santarém (1,5%).
Já no Porto (0,4%), os preços das casas para arrendar mantiveram-se praticamente estáveis nesse período. E em Aveiro (-7%) e Évora (-3,8%) as rendas das casas ficaram mais baratas entre o primeiro trimestre de 2023 e o trimestre anterior.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 19,2 euros/m2. Porto (14,8 euros/m2) e Funchal (12,1 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Setúbal (10,3 euros/m2), Faro (10,2 euros/m2), Aveiro (10,1 euros/m2), Évora (9,8 euros/m2), Coimbra (8,5 euros/m2), Braga (8,1 euros/m2) e Viana do Castelo (8 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação em Portugal são Viseu (6,8 euros/m2), Santarém (6,9 euros/m2) e Leiria (7,7 euros/m2).
Como sobem as rendas das casas nos distritos e ilhas?
Dos distritos e ilhas portuguesas com amostras representativas, os preços das casas para arrendar apenas desceram em Vila Real (-18%), Évora (-11,9%), Castelo Branco (-3,9%) e Viana do Castelo (-0,5%).
Nos restantes, as rendas das casas subiram em Portalegre (17,1%), Santarém (13,2%), Leiria (7,1%), Faro (6,9%), Setúbal (6,2%), Coimbra (5,6%), Lisboa (5,3%), Braga (4%) e Porto (3,7%). As subidas das rendas das casas foram menos expressivas em Viseu (2,2%), Aveiro (1,9%) e na ilha da Madeira (1,8%).
O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (17,2 euros/m2), seguido pelo Porto (12,8 euros/m2), Faro (11,9 euros/m2), ilha da Madeira (11,1 euros/m2), Setúbal (11 euros/m2), Évora (8,6 euros/m2), Leiria (8,5 euros/m2) e Aveiro (8,5 euros/m2). Segue-se Viana do Castelo (8,2 euros/m2), Coimbra (8 euros/m2), Braga (7,9 euros/m2) e Santarém (7 euros/m2).
Já as casas para arrendar com preços mais económicos encontram-se em Vila Real (5,5 euros/m2), Portalegre (5,9 euros/m2), Castelo Branco (6,1 euros/m2) e Viseu (6,3 euros/m2).
Preço das casas para arrendar sobem em todas as regiões
Durante os três primeiros meses do ano, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas encontra-se o Algarve (6,9%), seguido pela Região Autónoma dos Açores (6,7%) e o Alentejo (6,3%). Seguem-se a Área Metropolitana de Lisboa (5,9%), Centro (4,2%), Norte (3,4%) e Região Autónoma da Madeira (2%).
A Área Metropolitana de Lisboa, com 16,5 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Algarve (11,9 euros/m2), Norte (11,7 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (11 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (7,9 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (8,1 euros/m2) e o Alentejo (8,7 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar casa.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/
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