Maiores diferenças das rendas entre estúdios e quartos foram registadas no Funchal, Setúbal e no Porto, diz estudo do idealista.
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Arrendar casa para viver sozinho
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Quem vai viver sozinho tem uma primeira preocupação central: conseguir um espaço para viver a um preço compatível com o seu rendimento. Mas o acesso à habitação é uma tarefa cada vez mais difícil sobretudo nos grandes centros urbanos, seja para quem passe por um divórcio ou separação, seja para os estudantes e profissionais deslocados. Muitos enfrentam um dilema na hora de escolher uma casa para habitar: arrendar um estúdio para morar sozinho ou optar por arrendar um quarto numa casa partilhada? As diferenças económicas entre os dois são expressivas, uma vez que a privacidade de um estúdio acaba por sair duas vezes mais cara do que arrendar um quarto, mostram os dados mais recentes do idealista.

Morar sozinho em Portugal pode mesmo ser considerado um luxo. A renda média de um quarto em Portugal no mês de outubro situava-se nos 400 euros mensais, face aos 800 euros necessários para arrendar um estúdio, ou seja, é 100% mais caro, aponta o estudo do idealista.

Ambos os produtos imobiliários registaram um aumento de preço no último ano, com os quartos a tornarem-se 29% mais caros e os estúdios a apresentarem um acréscimo de preço na ordem dos 28%.

Arrendar quarto em Portugal
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Arrendar estúdios custa o dobro dos quartos em 7 cidades

Olhando para as 11 capitais de distrito com dados representativos, salta à vista que a maior diferença das rendas entre os estúdios e os quartos é observada no Funchal, onde os estúdios são 232% mais caros. Seguem-se Setúbal (133% mais caro), Porto (125%), Viseu (117%), Aveiro (117%), Braga (108%), Lisboa (100%), Coimbra (98%) e Leiria (78%).

As menores diferenças de preço entre estúdios e quartos foram registadas em Portalegre e em Faro, mas ainda assim os estúdios para arrendar são 66% mais caros do que os quartos no mercado de arrendamento na cidade alentejana e em 67% na capital algarvia.

De notar que os quartos e os estúdios não são uma tipologia comum em muitas capitais de distrito portuguesas, motivo pelo qual não foi possível obter dados estatisticamente fiáveis ​​em todas as capitais do país, impossibilitando a comparação das variáveis. Este foi o caso de Beja, Guarda e Santarém.

Onde é que a renda dos quartos mais aumentou no último ano?

Embora arrendar um quarto numa casa partilhada seja mais acessível do que arrendar um estúdio, o mesmo estudo do idealista revela que os preços também tendem a aumentar, uma vez que a oferta continua a ser reduzida face à procura nas grandes cidades analisadas.

A cidade onde a renda dos quartos mais aumentou no último ano foi Portalegre, com um aumento de 56%. Seguem-se Lisboa (28%), Guarda (28%), Beja (25%), Funchal (20%), Viseu (15%), Leiria (13%) e Santarém (12%).

Já em Aveiro, Braga, Faro, Porto e Setúbal as rendas dos quartos mantiveram-se estáveis entre outubro de 2022 e outubro de 2023. E em Coimbra o preço dos quartos desceu mesmo 8%, no mesmo período.

Lisboa é a cidade mais cara para arrendar quarto, custando 550 euros mensais, seguida pelo Porto (400 euros/mês), Funchal (300 euros/mês), Aveiro (300 euros/mês), Braga (300 euros/mês), Setúbal (300 euros/mês) e Faro (300 euros/mês). Seguem-se Santarém (290 euros/mês), Coimbra (275 euros/mês) e Leiria (270 euros/mês).

Por outro lado, Guarda é a cidade mais barata para arrendar quarto, custando 175 euros/mês, seguida por Viseu (230 euros/mês), Beja (250 euros/mês) e Portalegre (250 euros/mês).

Estúdios: como evolui a renda?

Funchal foi onde a preço dos estúdios mais encareceu no último ano, tendo aumentado 53%, situando a renda média em 995 euros mensais. Segue-se o Porto (38%), Lisboa (38%), Coimbra (36%), Leiria (22%), Setúbal (21%) e Braga (15%).

As menores subidas anuais das rendas dos estúdios foram registadas em Faro (5%), Portalegre (9%) e Aveiro (13%). Já em Beja, Guarda, Santarém e em Viseu não há amostras representativas para realizar a análise.

É em Lisboa onde se encontram os estúdios mais caros para arrendar em Portugal, custando em média 1.100 euros por mês. Seguem-se Funchal (995 euros/mês), Porto (900 euros/mês), Setúbal (700 euros/mês), Aveiro (650 euros/mês), Braga (625 euros/mês), Coimbra (545 euros/mês), Faro (500 euros/mês) e Viseu (500 euros/mês).

Os estúdios mais baratos para arrendar encontram-se em Portalegre (415 euros/mês) e Leiria (480 euros/mês), sendo ambos inferiores a 500 euros mensais, revela ainda o mesmo estudo.

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