Universidade prevê ter concluídas as obras de remodelação da residência de estudantes I, com 125 camas, no prazo de um ano.
Comentários: 0
Residências de estudantes em Portugal
Foto de Brooke Cagle na Unsplash
Lusa
Lusa

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, com cerca de 80% dos alunos deslocados, prevê ter concluídas as obras de remodelação da residência de estudantes I, com 125 camas, no prazo de um ano.

A instituição prorrogou até à próxima semana o prazo para a entrega de candidaturas para a intervenção, a pedido das empresas, depois de, em fevereiro, ter sido aberto o concurso público para a empreitada, orçada em 2,4 milhões de euros, comparticipada em 1,6 milhões de euros pelo Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Depois de, em janeiro de 2023, a UBI ter inaugurado, na presença do primeiro-ministro, António Costa, a primeira residência estudantil do país no âmbito do PNAES, o reitor, Mário Raposo, destacou o “esforço financeiro muito grande” da instituição, mas, acentuou, é fundamental numa universidade com “cerca de sete mil alunos deslocados”.

“É uma obra fundamental. A residência teve de ser desativada, porque não tinha condições, mas é importante que a reativemos, porque é mais um parque de camas que se vai oferecer aos alunos e destina-se fundamentalmente aos alunos bolseiros. Portanto, é também o aspeto social que está aqui em causa”, referiu o reitor da Universidade, sediada na Covilhã, no distrito de Castelo Branco.

Segundo Mário Raposo, o equipamento, encerrado desde 2021, é a segunda maior residência de estudantes da UBI e a empreitada tem um prazo de execução de 330 dias. “Agora é selecionar a empresa e depois começar a obra. Eu espero que daqui um ano, o mais tardar, a residência esteja concluída”, disse o reitor, em declarações à agência Lusa.

O responsável da instituição lamentou o encerramento de equipamentos que se foram degradando e justificou a impossibilidade de a UBI fazer obras devido às dificuldades criadas pelo subfinanciamento do Orçamento do Estado.

“A UBI não fez obras porque foi subfinanciada. De acordo com o relatório da OCDE, entre 2010 e 2022 foi das universidades menos financiadas por aluno a nível nacional e isso fez com que, nestes últimos dez anos, a UBI não tivesse dinheiro para fazer as reconstruções”, referiu Mário Raposo.

Alojamentos de estudantes em Portugal
Foto de Naassom Azevedo na Unsplash

Cinco milhões para reabilitar três residências de estudantes 

Em 2021 a instituição de ensino superior anunciou um investimento de cinco milhões de euros na requalificação de três residências de estudantes e na adaptação de um novo espaço, após ter visto aprovadas as respetivas candidaturas ao PRR.

O reitor acentuou o cuidado em “não sobrepor” obras e mencionou a necessidade de aguardar pelo reembolso de investimentos feitos para poder avançar com as próximas remodelações.

Mário Raposo adiantou que a reconversão da antiga cantina da Boavista num alojamento com 25 camas e uma zona de lazer para os alunos poderá ter início dentro de três meses. A renovação das residências IV e V ficará “para o início do ano que vem”.

O responsável máximo da instituição informou que a UBI tem, neste momento, disponíveis 650 camas e, após as intervenções previstas no alojamento para estudantes, passará a ter capacidade para dar resposta a 800 alunos.

Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta