
Sonhas comprar casa, mas só de pensares no dinheiro que precisas de juntar para a entrada já ficas a suar? É normal — afinal, não estamos a falar de trocos.
Antes de te pores a pedir um crédito habitação, tens de garantir uma parte do valor da casa do teu próprio bolso, exceto se fores um jovem até aos 35 anos e cumprires todos os requisitos para poder recorrer à Garantia Pública do Estado que permite um financiamento a 100%.
Caso contrário, é isso que os bancos exigem: uma parte do valor da casa, antes de te emprestarem o resto. Por isso, se estás a planear comprar casa nos próximos meses ou anos sem recorrer a ajudas, este é o momento certo para começares a poupar.
Comprar casa: conhece o teu ponto de partida

Antes de te preocupares com os documentos necessários para crédito habitação, precisas de perceber exatamente onde estás financeiramente. Isto significa olhar com atenção para o teu rendimento mensal, as despesas fixas e variáveis, e perceber quanto te sobra — ou não — no fim do mês.
Este é o passo zero para te preparares para dar entrada para uma casa. Ao conheceres a fundo o teu orçamento atual, consegues traçar uma estratégia realista para atingir o valor necessário.
Quanto mais cedo fizeres isto, mais tempo tens para te organizares e evitares apertos quando começares a tratar do crédito bancário para casa.
Definir um orçamento com metas realistas
Depois de analisares o teu ponto de partida, o próximo passo é montar um orçamento. Não precisa de ser complicado — basta definires quanto podes poupar por mês e durante quanto tempo.
Se precisares de juntar, por exemplo:
- 20.000€ para dar entrada num apartamento, e conseguires pôr de lado 500€/mês, vais precisar de 40 meses (cerca de 3 anos e 4 meses). É longo? Talvez. Mas é possível.
Para fazeres as contas com mais precisão, experimenta fazer algumas simulações de crédito habitação, perceber quanto vais precisar de pedir ao banco e que tipo de prestações podes esperar num empréstimo habitação.
Automatizar a tua poupança
Se dependes da força de vontade para poupar, vais acabar por falhar de vez em quando — e está tudo bem, somos humanos. Mas há uma forma de contornar isso: automatiza a tua poupança.
Assim que recebes o ordenado, programa uma transferência automática para uma conta poupança dedicada. Isso ajuda-te a manter o foco no teu objetivo: conseguir o valor necessário para o crédito de habitação, sem distrações.
E se a conta for separada da tua conta do dia a dia, melhor ainda — torna mais difícil cair em tentações.
Cortar nas despesas não essenciais

Reduzir despesas pode ser chato, mas também pode ser libertador. A verdade é que muitos de nós gastam dinheiro em coisas que não fazem assim tanta falta: subscrições que já nem usamos, refeições fora quando podíamos cozinhar, ou aquele hábito diário de café e bolo que, ao fim do mês, pesa na carteira.
Cada euro poupado pode ir diretamente para a conta onde estás a juntar o dinheiro da entrada da casa. E quanto mais conseguires poupar agora, menos vais ter de pedir no crédito à habitação — o que significa prestações mais baixas e menos juros no futuro.
Fazer o teu dinheiro trabalhar por ti
Guardar dinheiro numa conta à ordem é seguro, mas não rende quase nada. E como vais precisar de poupar durante algum tempo para o financiamento da casa, porque não pôr esse dinheiro a render?
Podes, por exemplo, explorar opções como Certificados de Aforro, depósitos a prazo ou até um PPR (Plano Poupança Reforma) com possibilidade de resgate sem penalização. Tudo depende do teu perfil de risco e do prazo que tens até avançares com o crédito de habitação.
Ganhar dinheiro extra

Nem sempre é possível poupar muito só com o salário, por isso procurar fontes de rendimento extra pode ser a solução. Podes vender roupa ou objetos que já não usas, dar explicações, fazer freelancer na tua área, ou até aceitar pequenos trabalhos pontuais — tudo conta.
Cada euro extra que entra pode ser canalizado para o fundo da casa, reduzindo a necessidade de pedir um crédito bancário para casa mais alto. E isso traduz-se em menos encargos mensais, menos juros e, muitas vezes, numa aprovação mais fácil do empréstimo habitação.
Manter a poupança separada e inacessível
Ter disciplina é importante, mas há truques que te ajudam a facilitar o processo. Um dos mais eficazes é manter a tua poupança para a entrada da casa numa conta separada — de preferência sem cartão associado. Isto torna mais difícil gastar o dinheiro por impulso e mostra ao banco que tens uma reserva bem definida.
E quanto mais conseguires poupar por conta própria, menos vais depender do crédito bancário para casa. Além disso, podes usar um simulador de crédito habitação para ver como diferentes montantes de entrada afetam o valor da prestação mensal. Vais ver que cada 1.000€ faz diferença.
Comparar bem os créditos habitação

Não te prendas ao teu banco atual só por hábito — explora o mercado e pede simulações em vários sítios. Depois é hora de comparar as propostas e escolher o crédito à habitação mais vantajoso.
Um simulador de crédito para perceberes qual será a prestação mensal, o total de juros e as condições gerais. Leva em conta não só as taxas de juro, mas também os seguros obrigatórios, comissões e outros custos.
E antes de avançares, certifica-te de que tens todos os documentos necessários para crédito habitação organizados: comprovativos de rendimentos, IRS, extratos bancários, identificação, e documentos do imóvel, se já estiver escolhido. Quanto mais organizado estiveres, mais simples será o processo de empréstimo habitação.
Valor da entrada de uma casa: uma poupança a longo prazo

Poupar para dar entrada para uma casa pode parecer difícil ao início, mas com estas estratégias e algum planeamento, é mais que possível. Vais precisar de disciplina e, por vezes, algum sacrifício, mas no fim vale a pena.
Se te preparares com calma, fores juntando passo a passo e comparares bem as opções, vais conseguir avançar para o crédito de habitação com confiança — e talvez até negociares melhores condições com o melhor banco para crédito habitação para o teu caso.
E lembra-te sempre: este artigo é informativo. Para decisões importantes como pedir um financiamento para casa, o ideal é falares com um especialista e analisares bem todas as tuas opções.
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