Com a venda de ações, Hui Ka Yan passa a deter 67,8% da gigante imobiliária chinesa, que está à beira da falência.
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Fundador da Evergrande vende 9% e usa dinheiro para pagar dívidas
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Com os reguladores chineses a insistir para que Hui Ka Yan use a sua riqueza pessoal para salvar a Evergrande - que tem um passivo de mais de 300 mil milhões de dólares (26,6 mil milhões de euros) - , o fundador e chairman da gigante imobiliária chinesa vendeu, no final da semana passada, 1,2 mil milhões de ações da empresa a um preço médio de 2,23 dólares de Hong Kong (cerca de 0,25 euros) por ação.

A venda de 9% da sua participação resultou num encaixe financeiro de 334 milhões de dólares (mais de 300 milhões de euros) para Hui Ka Yan. O dinheiro conseguido, segundo escreve o Jornal de Negócios, deverá ser usado para ajudar a pagar salários, obrigações financeiras, juros e dividendos da empresa. 

Desde julho, Hui Ka Yan - que passa agora a deter 67,87% do capital social da empresa, ao invés de 76,96% que detinha até à data - vendeu património pessoal no valor de mais de 7 mil milhões de yuans (cerca de 970 euros), incluindo casas, jatos particulares e jóias, para manter as operações básicas da empresa.

Como a Evergrande tem falhado no pagamento aos credores em dólares, alimentou o risco de um "default" geral em todo o setor do imobiliário, que acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, o equivalente ao PIB (produto interno bruto) do Japão, a terceira maior economia do mundo. 

O setor do imobiliário é responsável por 25% da riqueza da China e há vários anos que enfrenta um forte nível de endividamento, que as autoridades não têm conseguido controlar.

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