
As rendas nas principais ruas comerciais da Europa registaram uma subida média anual de 9,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Trata-se de um valor que “é quase sete vezes superior ao crescimento de 1,5% registado em 2023”, refere em comunicado a Savills, apoiando-se em dados de um relatório. Em Portugal, as rendas devem manter-se estáveis ou aumentar ligeiramente devido à escassez de oferta e aumento na procura.
Segundo a consultora, as ruas ‘prime’ dedicadas ao segmento de luxo registaram um crescimento de 5,9% no período em análise, embora o maior aumento se tenha verificado nas ruas de comércio de massas.
“O crescimento das rendas reflete a redução na disponibilidade de espaços comerciais, devido à forte procura das marcas e de novos inquilinos. Nos últimos 12 meses, as ruas comerciais viram uma redução de 156 pontos base na taxa de desocupação, comparada aos 144 pontos base nas ruas de luxo. A taxa média de desocupação das ruas comerciais está agora em 3,6%, aproximando-se dos níveis pré-pandemia de 2019”, lê-se na nota.

Rendas ‘prime’ mantém-se estáveis em Portugal
Em Portugal, adianta a consultora, os setores mais ativos incluem restauração, retalho alimentar, ginásios e moda e acessórios fast fashion. E as áreas em destaque são a Baixa-Chiado, em Lisboa, e o centro do Porto.
“As rendas ‘prime’ mantêm-se estáveis, com a Rua Garrett, Rua do Carmo e Rua Augusta, em Lisboa, e a Rua de Santa Catarina, Avenida dos Aliados e Rua das Flores, no Porto, a registarem os valores mais elevados”, conclui o relatório.
Citado no documento, José Galvão, Head of Retail da Savills Portugal, indica que nas duas principais cidades portuguesas há uma elevada de espaços comerciais. No entanto, alerta, “a escassez de oferta limita as oportunidades de crescimento do mercado e expansão das marcas”. “É expectável que a tensão sobre as rendas se mantenha especialmente em áreas como a Baixa-Chiado, em Lisboa, e o centro do Porto”, acrescenta.
Já Larry Brennan, Head of European Retail Agency da Savills, considera que a “recuperação das rendas nas principais ruas comerciais da Europa está diretamente ligada à redução das taxas de desocupação”, com os retalhistas a concentrarem-se “nos melhores espaços, cuja oferta é cada vez mais limitada”. “Prevemos que esta procura se mantenha dinâmica, sustentada pelas estratégias de integração das lojas físicas no modelo de negócio”, conclui.
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