Valor das rendas prime no Chiado ronda 1.500 euros por m2 por ano. Quinta Avenida, em Nova Iorque, continua a liderar o ranking.
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Comércio de rua no Chiado
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A famosa Quinta Avenida, em Nova Iorque (EUA), continua a ser a localização de comércio de rua mais cara do mundo, com valores anuais por metro quadrado (m2) de 20.384 euros. Seguem-se no pódio as ruas Via Montenapoleone, em Milão (Itália), e Tsim Sha Tsui, em Hong Kong, que trocaram de posições este ano face ao ranking do ano passado. O Chiado (Lisboa) surge na 29ª posição da tabela, tendo descido um lugar comparativamente com 2022. Esta são algumas das conclusões a retirar do relatório “Main Streets Across the World”, da Cushman & Wakefield (C&W).

Segundo o estudo, que vai na 33ª edição, as rendas de mercado na Via Montenapoleone cresceram 20% no último ano, atingindo 18.000 euros por m2 por ano, destronando Tsim Sha Tsui, em Hong Kong, que caiu para o terceiro lugar (15.219 euros por m2 por ano). 

Destaque para o facto de três das cinco ruas de retalho mais caras a nível global encontrarem-se na Europa – a New Bond Street, em Londres (Reino Unido), e a Avenues des Champs-Élysées, em Paris (França), ocupam a 4ª e 5ª posições, respetivamente. 

“O relatório foca-se nos valores de arrendamento prime em localizações urbanas de alta qualidade em todo o mundo, que, em muitos casos, estão relacionados com o setor de luxo. Inclui uma classificação das rendas mais elevadas em todo o mundo – apresentando o valor mais alto por país”, refere em comunicado a C&W. 

O Chiado, conforme mencionado em cima, volta a constar no top 30 do ranking, ocupando a 29ª posição – desceu uma posição face a 2022. Com rendas prime nos 1.500 euros por m2 por ano, está, ainda assim, 4% abaixo dos valores pré-pandemia.

Comércio de rua
Cushman & Wakefield

“Ao longo dos últimos dois anos o Chiado tem registado um elevado volume de novas aberturas, num total de mais de 5.700 m2 de área útil em perto de 40 novas aberturas. Mais de 60% desta área corresponde ao setor da restauração, seguido da moda com 20%”, revela a consultora. 

Citado na nota, Rob Travers, Head of EMEA Retail da C&W, refere que “a escassez de oferta em localizações de retalho super prime tem resultado em tensão competitiva quando surgem oportunidades raras, o que se reflete nos valores de arrendamento”. 

“Mesmo com preocupações sobre a redução dos gastos discricionários dos consumidores, os retalhistas têm garantido ou melhorado as suas lojas flagship (modelo) nos principais mercados. Estas lojas são uma parte fundamental da equação de retalho de uma marca. São a incorporação física da marca, algo que é muito difícil de criar num ambiente online. Muitas vezes, isso é reforçado com produtos exclusivos disponíveis apenas para compra na loja, canalizando os clientes para experiências de retalho no mundo real”, conclui.

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