
Há cada vez mais investidores estrangeiros interessados em apostar no imobiliário nacional. Nesse sentido, e para os ajudar a não "investir de olhos fechados" no país, foi lançada, esta quarta-feira, a segunda edição do “The Property Handbook” – Guia de Investimento Imobiliário em Portugal. Trata-se de um manual em inglês – está a ser ultimada uma versão em mandarim – da autoria da consultora imobiliária CBRE e da sociedade de advogados Garrigues.
Em causa está um manual que tem como objetivo dar aos possíveis investidores um importante auxílio na análise de projetos imobiliários no país, oferecendo uma dupla perspetiva – económica e jurídica – essencial na correta avaliação dos projetos.
“Fizemos o primeiro guia em 2012, numa altura em que ninguém percebeu porquê. Era para dar um contributo ao investimento imobiliário estrangeiro e foi uma história de sucesso”, disse Miguel Marques dos Santos, sócio responsável pelo departamento de Imobiliário e Urbanismo da Garrigues Portugal.
O contexto no qual é lançada esta segunda edição do guia – estará disponível no site das empresas – é muito diferente daquele que se verificava em 2012, já que o investimento estrangeiro no imobiliário apareceu em força a partir do ano passado. Por isso mesmo fez todo o sentido fazer esta segunda edição. “As grandes novidades deste guia prendem-se com a evolução do mercado residencial e hoteleiro e com as questões relacionadas com o enquadramento legal, nomeadamente com a reabilitação urbana, os Golden Visa e o Regime Fiscal dos Residentes Não Habituais”, contou o responsável.
Segundo Miguel Marques dos Santos, “o mercado está numa acentuada mudança, o que já justificava fazer um segundo guia”. “O setor imobiliário está a crescer”, acrescentou.
"Estamos perante uma nova realidade"
Uma opinião, de resto, partilhada por Francisco Horta e Costa, diretor geral da CBRE: “O primeiro guia foi lançado em 2012, numa altura em que tínhamos um mercado de incertezas. Agora as dúvidas dissiparam-se. Portugal regressou aos mercados, há recuperação económica, há novos investidores e aumentou o turismo de reabilitação”.
A comprovar que o investimento estrangeiro é o caminho a seguir, e a justificar a importância de lançar a segunda edição do guia, Francisco Horta e Costa revelou que “há poucos investidores portugueses ativos no mercado, apenas um ou dois”. “Há muitos estrangeiros e muitos investidores privados. Estamos perante uma nova realidade”, referiu.
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