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Sabias que é mais fácil despedires ou seres despedido agora, depois da troika em Portugal?

As reformas laborais levadas a cabo em Portugal durante o período da assistência financeira ao país, promovidas pela troika, tornaram mais fácil os despedimentos (sobretudo os individuais, que eram considerados mais protegidos) no mercado de trabalho nacional, de acordo com uma investigação promovida por economistas do Banco Central Europeu (BCE).

“A facilidade de despedir por razões económicas ou de ajustar o horário de trabalho parece ter aumentado na maior parte dos países sob stress”. Isto mesmo é referido sobretudo por empresas da Grécia, Espanha e Portugal”, aponta o relatório “Novas evidências sobre reajuste salarial na Europa durante o período 2010-13”.

No caso português, que coincide com a assistência financeira ao país, pelo BCE, FMI e Comissão Europeia (a troika) o estudo, citado pelo Observador, serve de base para colocar Portugal como o terceiro país em que o despedimento individual é hoje considerado “menos difícil ou muito menos difícil”, com um terço dos inquiridos a identificarem esta facilidade, quando comparado com o que existia em 2010, o ano antes do pedido de assistência financeira.

Esta situação, segundo escreve o jornal, só é ultrapassada pelos registos em Espanha e na Grécia, os dois países que neste capítulo ficam à frente de Portugal, no conjunto de países identificados como “sob stress” (deste grupo, além de Portugal Grécia e Espanha, fazem também parte Eslovénica, Chipre, Itália e Irlanda).

O anterior Governo de coligação PSD/CDS, em funções entre 2011 e 2015, no âmbito do mercado de trabalho aplicou medidas como a redução das indemnizações compensatórias para casos de despedimento, tendo também sido introduzidos novos critérios para a redução de pessoal nas empresas.

A reforma das regras laborais, recorda o Observador, foi uma das exigências da troika, quando foi negociado o memorando de entendimento com Portugal, com vista à ajuda financeira ao país.

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