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Portugal deve aproveitar recuperação económica para reduzir dívida, alerta FMI
GTRES

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que os países europeus com dívidas públicas, como Portugal, devem aproveitar a recuperação económica para criar “almofadas orçamentais” e reduzir o endividamento. “Os decisores políticos devem tirar vantagem das perspetivas positivas para reconstruir ‘almofadas’ orçamentais e desenvolver a capacidade da economia crescer e absorver choques”, aconselha o FMI no relatório de outono sobre as perspetivas económicas da Europa para 2017.

Segundo a Lusa, que se apoia no documento, países como Bélgica, França, Itália, Espanha, Reino Unido e Portugal, que têm ainda dívidas elevadas, mas onde a economia está a recuperar, deviam “gradualmente reconstruir espaço de manobra e colocar a dívida numa trajetória descendente”.

A instituição liderada por Christine Lagarde considera que esta política “é particularmente importante” para este conjunto de países, até porque, alerta, as taxas de juro “provavelmente vão subir”.

Ao mesmo tempo, e para todos os países europeus (e não apenas aqueles com uma dívida pública elevada), o FMI defende que a política orçamental “pode ser mais amiga do crescimento e da distribuição” de rendimentos.

“Fazer com que a despesa pública seja mais eficiente e orientada ao crescimento, ao mesmo tempo que se desenha uma política fiscal que apoie a criação de emprego e o crescimento da produtividade, pode fortalecer as fundações da recuperação económica e suportar o potencial de crescimento no médio prazo”, lê-se no relatório.

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