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A Fidelidade investiu muito no mercado imobiliário. Foram cerca de 80 milhões de euros só no ano passado. Mas o cenário está prestes a mudar. A seguradora quer reduzir a sua exposição ao imobiliário, justificando a venda do património com o aperto das regras europeias.

A seguradora é dona de um grande património imobiliário, mas está a tentar vendê-lo. Neste momento tem 276 imóveis para venda no mercado, localizados maioritariamente em Lisboa e no Porto. Não só é dona, como também é uma das maiores arrendatárias do país, título que já lhe valeu alguma polémica, depois de ter sido acusada de querer despejar inquilinos em Loures, Lisboa.

Magalhães Correia, presidente da Fidelidade, garantiu ao Expresso que a seguradora se quer manter como um investidor de referência, “mas com outro perfil”. O aperto das regras na Europa estará na origem deste “corte” no imobiliário. Tudo porque o investimento da seguradora supera – em muito – as regras europeias do regime de solvência II das seguradoras, em vigor desde janeiro de 2016 e que aponta para uma exposição de investimento direto em imobiliário na ordem dos 2%, escreve a publicação.

Neste momento, a Fidelidade está nos 14%. Falamos de 2,1 mil milhões de euros que foram de investimento direto em imóveis. Segundo Magalhães Correia, a seguradora irá reduzir a carteira de investimento para 1,5 mil milhões, mas rejeita que esteja a ser aproveitada a onda de subida de preços do mercado.

No ano passado a empresa investiu cerca de 80 milhões de euros, sobretudo em reabilitação urbana, de que são exemplo as sedes dos escritórios da Abreu Advogados e da Vieira de Almeida.

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