
Londres (Reino Unido) lidera o ranking das cidades mais caras de logística do mundo, à frente de Hong Kong e de São Francisco (zona da península), nos EUA. Lisboa e Porto aparecem apenas nas posições 174 e 184, respetivamente, num total de 250 metrópoles analisadas no “Global Logistics Outlook 2021”, divulgado recentemente pela consultora Cushman & Wakefield (C&W), que analisa os fatores principais que afetam o crescimento, as operações de arrendamento e as tendências do setor logístico a nível mundial.
Segundo o relatório, Londres é a localização logística mais cara do mundo, com rendas anuais de 225 euros por metro quadrado (m2), bem mais, por exemplo, que em Hong Kong (180 euros por m2) e São Francisco (zona da península/165 euros por m2). Trata-se de valores bem superiores face aos praticados em Lisboa (48 euros por m2 por ano) e no Porto (46 euros por m2 por ano).

“A disrupção sem precedentes causada pela pandemia da Covid-19 e a forma como os consumidores tiveram de alterar os seus comportamentos redesenharam o futuro da indústria logística ao expor as vulnerabilidades das cadeias de abastecimento e ao acelerar o desenvolvimento de tecnologias”, diz Andreia Almeida, Associate Director, Diretora de Research & Insight da C&W.
A consultora considera, baseando-se em dados do final de 2020, que a taxa de disponibilidade continua a diminuir nas principais localizações logísticas da Europa. “Os mercados holandês e britânico registam um valor já baixo de 4% de desocupação enquanto localizações como Roterdão, Lyon, Praga e Budapeste têm apenas 2%. Esta escassa oferta de produto logístico tem levado a alguma construção especulativa, embora ainda sem aumento visível das disponibilidades, e sem correção nos valores de rendas”, lê-se no comunicado da empresa.
Regista-se em Portugal “um renovado dinamismo”
No caso concreto de Portugal, a C&W adianta que o setor de industrial & logística tem vindo “a registar um renovado dinamismo, com o aumento do comércio online a contribuir para uma maior procura de espaços adaptados a este tipo de operação”.
Em 2020, foram transacionados 335.300 m2, mais do dobro do verificado no ano anterior. Uma tendência que se parece manter, visto que no primeiro trimestre deste ano foram ocupados 102.200 m2, o que representa um crescimento homólogo próximo dos 50%.
“Face à maior procura latente, associada a uma escassez de oferta de qualidade, verifica-se também um aumento da reabilitação de imóveis existentes, por forma a dar resposta aos critérios de ocupação atuais, assim como o desenvolvimento de novos projetos, com destaque para a promoção especulativa. Consequentemente, antecipa-se que se venha a reverter a tendência histórica de ocupação própria, dando resposta à atual procura elevada por parte dos investidores imobiliários”, conclui Andreia Almeida.
1 Comentários:
Olá! Qual o link da lista completa?
Obrigado e boa semana!
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