Chama-se M.Ou.Co. – acrónimo de Música e Outras Coisas – e ganhou vida num terreno com 5.000 metros quadrados (m2) onde funcionou, na década de 1950, uma grande fábrica de componentes elétricos, que faliu. O terreno em causa, na freguesia do Bonfim, Porto, foi comprado há cinco anos ao Santander Totta e, oito milhões de euros depois, abriu portas um hotel com 62 quartos, restaurante, bar, jardins e piscina.
O alojamento, segundo conta o ECO, tem ainda uma sala de espetáculos para 300 pessoas em pé ou 180 sentadas, três salas de ensaios e uma musicoteca que junta coleções de discos de vinil e livros sobre música. Encontra-se na Rua de Frei Heitor Pinto, perto da estação ferroviária de Campanhã e da estação de metro de Heroísmo.
Dos oito milhões de investimento, a parte da construção em si e os respetivos equipamentos representaram seis milhões, sendo que os restantes dois milhões foram investidos na aquisição do terreno, no projeto de arquitetura, nas especialidades e em outras despesas. “O projeto foi objeto de uma candidatura ao Portugal 2020, com o auxílio de uma consultora. Perto de 60% acabou por ser financiado por fundos comunitários – metade disso a fundo perdido – e 40% por capitais próprios”, escreve a publicação.
Um projeto francês, espanhol e brasileiro
Quem está por detrás do investimento? O M.Ou.Co. nasce após uma investida de uma dupla de empresários – o francês Mickael Petit e o espanhol Ramón Rodriguez – que aposta desde 2012 na promoção imobiliária e na exploração turística. Sob a marca Aparthotel Oporto, são também donos de um total de 76 apartamentos, divididos por quatro empreendimentos na cidade, adianta o ECO, sublinhando que ambos deixaram os seus empregos em 2017 para se dedicarem ao negócio imobiliário e turístico.
A eles juntou-se neste projeto hoteleiro a brasileira Sofia Miró, que é a responsável cultural do M.Ou.Co. e está “na essência artística do projeto”.
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