
A Câmara de Vila Franca de Xira foi condenda a pagar uma indemnização de quase nove milhões de euros (acrescida de juros) a uma empresa construtora e aos seus sócios. A autarquia vai decorrer da decisão, mas ao que tudo indica tem três decisões desfavoráveis no âmbito deste processo. A oposição municipal está preocupada com o eventual impacto financeiro dos cerca de 60 processos judiciais que a Câmara tem pendentes.
Neste processo em concreto, segundo escreve o Público, que avança a notícia, está em causa a suspensão/anulação parcial de um alvará de loteamento aprovado em 2001 pela autarquia, para a construção de moradias, mas que nunca foi registado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) por alegada violação de áreas de domínio hídrico e de reserva ecológica.
Urbanização de moradias novas em Vila Franca de Xixa
A ação contra a autarquia foi apresentada pela empresa Beira Negócios, promotora da Urbanização da Quinta dos Anjos, na periferia da vila da Castanheira do Ribatejo. Tal como relata o jornal, a autarquia aprovou uma informação prévia favorável ao desenvolvimento naquela área de um loteamento com 67 moradias de dois pisos, em 1999. Perante essa decisão, a Beira Negócios investiu 1,5 milhões na aquição do espaço e apresentou um projeto de loteamento aprovado e licenciado pela Câmara em 2001.
Em 2004, e com as obras iniciadas há mais de 2 anos, com vários moradias em fase avançada de construção ou mesmo concluídas, a CCDR-LVT comunicou à Câmara que recusava o registo (legalmente obrigatório) do alvará de loteamento porque não respeitava o domínio hídrico e áreas da Reserva Ecológica Nacional (REN). Nessa altura, a construtora foi notificada pela autarquia que tinha de “parar de imediato” todos os trabalhos. O processo foi-se arrastando ao longos anos, e a urbanização ficou a meio.
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