A cidade do Porto foi onde as rendas das casas mais subiram em 2022, aponta o idealista. Em Faro foi onde aumentaram menos (5,7%).
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Rendas das casas a subir
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O mercado de arrendamento em Portugal ganhou força em 2022. Por um lado, foi dinamizado pela atratividade que os modos de vida mais flexíveis proporcionam. E, por outro, continuou a ser uma opção para muitas famílias que viram subir os custos de vida mais altos, dificultando a poupança, e do crédito habitação para comprar casa, por via do aumento dos juros. Estes fatores alimentaram a procura de casas para arrendar no nosso país. Mas a oferta não acompanhou esta evolução. E qual foi o resultado deste desequilíbrio? As rendas das casas deram um salto de 20,2% entre dezembro de 2022 e o mesmo mês do ano passado. Arrendar casa tinha um custo mediano de 12,9 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de dezembro deste ano, aponta o índice de preços do idealista. Já em relação à variação mensal, a subida foi de 3,4% e a trimestral de 9,3%.

Rendas das casas subiram 37,7% no Porto e 35% em Lisboa

As casas para arrendar ficaram mais caras no nosso país nas 13 capitais de distrito analisadas pelo idealista. O Porto (37,7%) liderou a lista, com as rendas a subirem 37,7% entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022. E logo a seguir aparece Aveiro (37,1%), Lisboa (35,0%), Santarém (31,7%), Funchal (29,6%), Ponta Delgada (27,5%), Viana do Castelo (20,9%), Braga (17,6%), Leiria (17,3%), Setúbal (15,3%) e Castelo Branco (14,7%). Só em Coimbra (8,8%) e em Faro (5,7%) foram observadas subidas das rendas em 2022 inferiores a dois dígitos.

Sem surpresa, Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa no país, custando 18 euros/m2. O Porto (14,7 euros/m2) e o Funchal (11,5 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Aveiro (10,9 euros/m2), Setúbal (9,7 euros/m2), Faro (9,4 euros/m2), Coimbra (8,1 euros/m2), Ponta Delgada (7,7 euros/m2) e Braga (7,4 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação em 2022 são Castelo Branco (6 euros/m2), Leiria (6,8 euros/m2), Santarém (6,8 euros/m2) e Viana do Castelo (7,3 euros/m2).

Casas para arrendar mais caras nos distritos

Todos os distritos e ilhas analisados pelo idealista - um total de 16 com dados disponíveis - apresentaram uma subida dos preços das casas para arrendar em 2022. A liderar os aumentos encontram-se Vila Real (46,2%), Évora (37,6%) e Viseu (34,1%). Seguem-se Viana do Castelo (32,2%), Lisboa (28,7%), ilha da Madeira (27%), Leiria (26,6%), Porto (25,5%), Santarém (22,9%), Aveiro (21,5%), Braga (21,1%), ilha de São Miguel (19,3%), Setúbal (16%), Faro (13,5%), Castelo Branco (8,1%) e Coimbra (8,1%).

O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (16,3 euros/m2), seguido pelo Porto (12,3 euros/m2), Faro (11,2 euros/m2), ilha da Madeira (10,9 euros/m2), Setúbal (10,3 euros/m2), Évora (9,8 euros/m2), Aveiro (8,3 euros/m2), Viana do Castelo (8,2 euros/m2), Leiria (7,9 euros/m2), ilha de São Miguel (7,9 euros/m2), Coimbra (7,6 euros/m2), Braga (7,6 euros/m2) e Vila Real (6,7 euros/m2).

Os preços mais económicos para arrendar uma habitação no final de dezembro deste não encontram-se em Viseu (6,2 euros/m2), Santarém (6,2 euros/m2) e Castelo Branco (6,3 euros/m2).

Arrendar casa está mais caro em todas as regiões do país

Em 2022, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas encontra-se a Região Autónoma da Madeira (26,4%), seguida pela Área Metropolitana de Lisboa (25,7%) e o Norte (23,6%). Logo a seguir está o Alentejo (17,9%), Centro (17%), Região Autónoma dos Açores (15,9%) e Algarve (13,5%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 15,6 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar uma habitação no país, seguida pelo Norte (11,3 euros/m2), Algarve (11,2 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (10,8 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (7,6 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (7,6 euros/m2) e o Alentejo (8,2 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar casa em 2022.

Renda das casas a subir
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Índice de preços imobiliários do idealista

Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/

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