Proposta de Delimitação da Unidade de Execução do Espargal está em discussão pública, mas há uma petição contra o projeto.
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Construção de torre em Oeiras gera polémica
Crédito: imagem retirada do site da Câmara Municipal de Oeiras

A construção de dois prédios de habitação de 19 andares no Espargal, em Oeiras (Lisboa), promete dar que falar. Em causa está a Proposta de Delimitação da Unidade de Execução do Espargal, conhecida como Torres do Espargal, que foi aprovada em reunião extraordinária da Câmara Municipal de Oeiras, tendo sido colocada em discussão pública entre 9 de dezembro e 5 de janeiro de 2023. Há, no entanto, uma petição pública contra o projeto, que foi lançada por um grupo de cidadãos residentes no concelho e que já conta com mais de mil assinaturas. A mesma pretende que a proposta seja debatida na Assembleia Municipal de Oeiras.

Segundo o Expresso, os peticionários argumentam que é preciso ter em conta, na viabilização do projeto, “as consequências para a qualidade de vida dos residentes na área envolvente”, sobretudo para quem vive nos bairros Moinho das Antas, J. Pimenta, Figueirinha e Jardim dos Arcos.

“Esta é uma zona já densamente povoada e que sofre com deficiências ao nível de transportes públicos, escolas e centros de saúde e colocar aqui mais 250 fogos (onde podem vir a residir mais mil pessoas), vai agravar a situação”, lamenta Ana Nunes, uma das cidadãs residente na área e porta-voz do movimento contra o projeto, citada pela publicação.

Câmara de Oeiras vendeu terreno por 14 milhões de euros

O projeto prevê a construção de duas torres com 19 pisos acima do solo (e pelo menos dois abaixo do solo), o que significa que os imóveis terão o dobro da altura dos edifícios dos bairros existentes na zona envolvente. Construção essa a ser feita em terrenos vendidos pela autarquia de Oeiras, em 2020, a uma sociedade de gestão de fundos imobiliários denominada Graceful Sound – Unipessoal, pelo valor de 14 milhões de euros. 

O Expresso adianta que a empresa em causa mudou, entretanto, de nome, passando a chamar-se Madadna PortugaL – SICAFI, SA. Trata-se de uma empresa gerida pela Insula Capital que, com a promotora imobiliária Vanguard Properties, queria construir outro megaprojeto imobiliário na foz do Jamor.

De referir que no terreno em causa já existiu um matadouro, visto que o mesmo chegou a ter como proprietário a Junta Nacional dos Produtos Pecuários, que os cedeu ao município, após a desativação do Matadouro Municipal.

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