
Nos primeiros nove meses de 2022, foram declaradas 5.161 insolvências de famílias, um número que representa 80% do total, visto que foram declaradas insolventes “apenas” 1.216 empresas. Esta é uma tendência que se tem verificado nos últimos anos, mas a diferença entre particulares e empresas nunca foi tão grande. Em causa estão dados do Ministério da Justiça.
Segundo o Jornal de Negócios, que se apoia em dados de um estudo realizado entre a Nova School of Law (NSL) e o ISCTE-IUL no âmbito do projeto In_Solvens, é possível perceber quais são os principais motivos para a apresentação à insolvência, quer de pessoas singulares, quer de empresas.
“(…) Quando uma família se vê em situação de insolvência porque esta foi requerida por um terceiro, a principal razão é o incumprimento junto dos credores bancários e parabancários. Quando é o próprio particular a tomar a iniciativa de se apresentar, então o desemprego é o grande responsável. O divórcio ou uma situação de doença também estão à cabeça, mas o segundo motivo é a pessoa ter sido avalista de alguém que por sua vez entrou em incumprimento”, escreve a publicação.
O estudo em causa, cujos resultados ainda são preliminares e que tem como referência os anos de 2004 a 2020, permite ainda concluir, por exemplo, que o principal perfil de quem chega ao ponto de se apresentar à insolvência são, em regra, pessoas com filhos, baixos rendimentos e muitos créditos.
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