Fiscal dos transportes procura escritório por mau cheiro e “tremores”

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) tem hoje os seus escritórios instalados no Palácio de Coimbra, junto à estação de Santa Apolónia, em Lisboa. Mas quer mudar-se para um novo espaço, devido ao mau cheiro, dos tremores causados pela presença dos comboios e ainda pela falta de espaço para organizar conferências.

Foi há cerca de três meses que a AMT começou a procurar um novo edifício no centro de Lisboa para instalar os seus escritórios. Mas este novo espaço terá de cumprir alguns requisitos, escreve o ECO:

• ter uma área de, pelo menos, 2.300 metros quadrados;
• capacidade para 100 postos de trabalho;
• mínimo de 40 lugares de estacionamento coberto;
• auditório com um mínimo de 100 lugares sentados;
• arrendar escritório por, pelo menos, uma década, com renovação a cada três anos;
• se o imóvel por posto à venda, a AMT beneficiaria do direito de preferência com possibilidade de deduzir as rendas pagas no valor da compra do imóvel.

A ideia da entidade liderada por Ana Paula Vitorino passa por arrendar o imóvel “nos próximos meses”, para que fosse possível fazer a mudança para o novo escritório até ao final deste ano. Mas até agora não tem obtido muitas respostas nem do público, nem do privado.

Agora, a AMT funciona no Palácio de Coimbra, junto à linha de comboio, onde “cada vez que se faz uma manobra, todo o prédio treme. As pessoas que estão cá em reuniões ficam assustadíssimas, porque parece um sismo violento. Os computadores até vão abaixo”, explica a presidente da AMT citada pelo mesmo meio.

Além disso, como o prédio é antigo – a sua construção remonta ao século XVII – há também problemas de temperatura e salubridade. “Quando a maré está baixa, fica insuportável usar o piso de baixo, com o cheiro dos esgotos”, lamenta ainda Ana Paula Vitorino.