Banco de Inglaterra manteve as taxas de juro diretoras em 5,25% pela segunda vez consecutiva, após 14 aumentos seguidos.
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Banco de Inglaterra mantem juros inalterados
Foto de Lucas Davies na Unsplash

O Banco de Inglaterra manteve esta quinta-feira (2 de novembro de 2023) as taxas de juro diretoras em 5,25%, pela segunda vez consecutiva, depois de numerosas subidas no último ano para controlar a inflação. Uma decisão idêntica à tomada pela Reserva Federal dos EUA (Fed), que manteve as taxas de juro inalteradas entre 5,25% e 5,5%, e pelo Banco Central Europeu (BCE), que após dez aumentos consecutivos manteve a taxa de refinanciamento bancário em 4,5%, o nível mais alto desde 2001. 

O comité de política monetária do Banco de Inglaterra votou por seis contra três a favor da não alteração do preço do dinheiro, sendo esta uma decisão esperada pelos analistas.

Os últimos dados oficiais mostram que, em setembro, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) do Reino Unido manteve-se em 6,7%, o mesmo valor do mês anterior. Está, no entanto, muito acima da meta definida pelo Banco de Inglaterra, que à semelhança do BCE é de 2%.

Ao divulgar a sua decisão, o Banco de Inglaterra sublinhou que o nível em que estão as taxas de juro está a ajudar a reduzir a inflação e que espera que esta desça ainda este ano e em 2024. Também indicou que manterá as taxas de juro elevadas para conseguir baixar a inflação até que se mantenha em 2%. O banco prevê que a inflação desça para 5% este ano e que o objetivo de 2% seja atingido no início de 2025.

Antes da sua reunião de setembro, a entidade tinha decidido 14 subidas consecutivas do preço do dinheiro para travar a inflação, que subiu para níveis históricos devido ao aumento dos preços da energia provocado pela guerra na Ucrânia. Seguiram-se, agora, duas manutenções seguidas das taxas de juro diretoras. 

"Ainda é demasiado cedo para pensar em cortes de taxas de juro"

O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, afirmou que as taxas de juro elevadas "estão a funcionar e que a inflação está a cair". Apesar de tudo, argumentou, que é preciso que a inflação continue a cair até alcançar o objetivo de 2%. "Mantivemos as taxas de juro sem alterações este mês, mas observaremos de perto para ver se são necessários mais aumentos", afirmou Bailey, acrescentando que "ainda é demasiado cedo para pensar em cortes de taxas de juro".

O banco também estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido se mantenha a partir de março do próximo ano e durante vários trimestres consecutivos, depois de ter recuado 0,2% no primeiro trimestre deste ano.

"A inflação está a cair, os salários estão a subir e a economia está a crescer. O Reino Unido foi muito mais resistente do que muitos esperavam, mas a melhor maneira de gerar prosperidade é através de um crescimento sustentável", afirmou o ministro da Economia britânico, Jeremy Hunt, em comunicado.

*Com Lusa

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