Obras concluídas caíram para 4.000, traduzindo uma quebra de 6,7% face ao período homólogo, revela o INE.
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Créditos: Gonçalo Lopes - idealista/news

No terceiro trimestre de 2024, Portugal registou 6.500 edifícios licenciados, mais 18,5% face ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados esta quinta-feira, 12 de dezembro de 2024, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já as obras concluídas caíram para 4.000, traduzindo uma quebra de 6,7% face ao período homólogo.

A construção nova foi o principal motor do aumento do licenciamento, registando um crescimento de 19%, enquanto os projetos de reabilitação acompanharam a tendência, subindo 17,4%. Este desempenho contrasta com a subida mais tímida de 2,5% observada no trimestre anterior, evidenciando uma retoma no apetite pela construção e renovação de imóveis.

No segmento de habitação familiar, o número de fogos licenciados em construções novas cresceu 11,6% no trimestre em análise, ao contrário do número de fogos concluídos, que diminuiu 1,3%, após um aumento de 12,3% nos três meses anteriores.

Olhando para a variação trimestral, os edifícios licenciados cresceram 5,5% face ao segundo trimestre, enquanto os edifícios concluídos caíram 2,8%.

No 3º trimestre de 2024, estima-se que tenham sido concluídos 4.000 edifícios em Portugal, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções. Este número representa uma diminuição de 6,7% face ao 3º trimestre de 2023 (-6,2% no 2º trimestre de 2024). "As construções novas mantiveram-se predominantes, representando 82,9% do total de edifícios concluídos, dos quais 80,9% se destinaram a habitação familiar", indica o INE.

Face ao 3.º trimestre do ano passado, observou-se ainda uma diminuição de 6,8% nas obras concluídas em construções novas. A Região Autónoma dos Açores e a Grande Lisboa foram exceções, apresentando aumentos de +5,4% e +3,4%, respetivamente. As restantes regiões registaram decréscimos, sendo o Alentejo (-22,0%) e o Algarve (-20,5%) as que evidenciaram as maiores reduções neste indicador.

licenciamentos
Créditos: Gonçalo Lopes - idealista/news

Norte mantém liderança e o Alentejo sofre maior recuo

O Norte manteve-se como o principal impulsionador em todos os indicadores relativos ao licenciamento, destacando-se com 37,9% dos edifícios licenciados, 37,9% das construções novas, 37% dos edifícios destinados à reabilitação e 43,3% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar.

O Centro ocupou a segunda posição no licenciamento de edifícios (18,7%), nas construções novas (18,7%), nos edifícios destinados à reabilitação (17,8%) e no licenciamento de fogos em construções novas para habitação familiar (14,1%).

Em terceiro lugar destacou-se a Grande Lisboa, que contribuiu com 12,6% do total de edifícios licenciados, 13,1% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar e 16,6% das obras licenciadas para reabilitação.

Já no que diz respeito às obras concluídas, apenas a Região Autónoma dos Açores e o Norte registaram aumentos, de 5,6% e 0,8%, respetivamente.

As restantes regiões apresentaram decréscimos, com destaque para as maiores reduções no Alentejo (-20,6%), no Oeste e Vale do Tejo (-19,9%) e no Algarve (-18,7%).

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