Novo projeto Central Freixo vai trazer à Invicta mais de 70 casas numa primeira fase. Investimento ronda os 200 milhões de euros.
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Casas novas no Porto
Central Freixo, Porto Créditos: Ginkgo Advisor | Emerge | Souto Moura Arquitectos

Os antigos terrenos da central termoelétrica da EDP junto ao rio Douro, no Porto, estão fechados e devolutos há várias décadas. Mas agora vão ganhar nova vida. É neste local que vai ser construído o projeto imobiliário Central Freixo, que vai trazer habitação, lojas e novos espaços públicos, num investimento estimado em cerca de 200 milhões de euros.

O passado industrial desta zona oriental do Porto, junto à ponte do Freixo, vai ser recuperado e transformando numa nova centralidade da cidade assinada pelo gabinete Souto Moura Arquitectos. O Central Freixo vai converter mais de 56.000 metros quadrados (m2) de território devoluto em vários edifícios com habitação e comércio, que vão ser construídos em cinco fases, explicam em comunicado enviado às redações.

A primeira fase do projeto Central Freixo inclui a construção de três edifícios (com 14 mil m2 de área edificada) organizados em torno de uma praça pública, que vão colocar no mercado 66 apartamentos e vários espaços para comércio e serviços. Está também prevista a construção de 10 moradias junto ao rio Douro, “inspiradas na arquitetura burguesa tradicional do Porto”, explicam.

Aquela que é a primeira de cinco fases de desenvolvimento do Central Freixo deverá arrancar no final de 2025 e com prazo de execução de dois anos. E só esta fase prevê a construção total de 57.384 m2 e ainda a cedência pública de uma área de 31.418 m2, incluindo ruas, praças e espaços verdes até agora inacessíveis. 

De momento estão em curso as obras de urbanização, fase em que estão a ser construídos os novos acessos ao terreno. E prevê-se que a conclusão das cinco fases do projeto Central Freixo, que vão conservar dois edifícios antigos, demore um total de 10 anos, colocando no mercado até 480 habitações (o número máximo previsto). 

Sobre preços a que estas novas casas serão vendidas, os vários intervenientes dizem ser ainda muito cedo para fazer estimativas. “Mas não vai ser habitação acessível para a classe média”, pelo menos nesta primeira fase de construção, garante à Lusa o presidente executivo da Mais Urbano, Francisco Rocha Antunes, que é gestora de desenvolvimento do projeto.

Casas com vista rio
Central Freixo, Porto Créditos: Ginkgo Advisor | Emerge | Souto Moura Arquitectos

 “A nova cidade do Porto vai ser aqui”, no Central Freixo

Trata-se de um projeto imobiliário promovido pelo fundo de investimento europeu Ginkgo Advisor e pela Emerge, a promotora imobiliária do grupo Mota-Engil, que juntas vão investir cerca de 200 milhões de euros. 

Quem está por detrás do projeto de arquitetura do Central do Freixo é o gabinete Souto Moura Arquitectos, que admite ter-se inspirado no rio para desenhar este empreendimento. “Tudo é feito em função do rio”, afirma o arquiteto Eduardo Souto de Moura, citado no documento.

A intervenção vai preservar a memória da antiga central elétrica da EDP, como os seus muros antigos, praças, ruas estreitas e casas assentes sobre estruturas de suporte. “Temos praças, temos jardins, temos alamedas como nas Fontaínhas”, descreve o arquiteto, que acredita que “a nova cidade do Porto vai ser aqui”. “Chegar a este monte de pedra e fazer uma cidade, com miúdos a brincar, com gente a viver, é uma coisa comovente”, confessa.

A comercialização das casas e espaços comerciais do Central Freixo está agendada para o início do outono, contando com o apoio das consultoras Dils e Savills, parceiras para os mercados nacional e internacional.

Habitação no Porto
Central Freixo, Porto Créditos: Ginkgo Advisor | Emerge | Souto Moura Arquitectos

*Com Lusa

*Notícia atualizada dia 4 de julho, às 12h06, com a correção do número total de casas previsto

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