
A taxa de juro aplicada ao total de créditos habitação existentes em Portugal continua em queda, sendo este um cenário que se verifica há mais de um ano. Em setembro, de resto, a tendência manteve-se, tendo os juros na habitação voltado a cair para 3,228%. Também a prestação média baixou, tendo-se fixado em 393 euros, menos um euro que no mês anterior e menos 11 euros que no período homólogo.
“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito habitação diminuiu para 3,228% em setembro, traduzindo uma descida de 7,9 pontos base (p.b.) face a agosto (3,307%)”, começa por revelar o Instituto Nacional de Estatística (INE) no boletim publicado esta sexta-feira (17 de outubro de 2025). Esta taxa já caiu 142,9 p.b. desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%).
Segundo o INE, para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 3,226% (-7,5 p.b. face a agosto).
Uma descida que pode ser explicada pelo facto de os contratos mais antigos estarem indexados, sobretudo, às taxas Euribor a 6 e 12 meses, que estão mais baixas que há seis meses ou um ano. Além disso, nos contratos de crédito habitação mais recentes – realizados no último ano – dominam as taxas mistas.
Prestação da casa cai um euro e juros pesam menos
No que diz respeito à prestação média da casa paga ao banco pelo empréstimo concedido para a compra de habitação, caiu um euro num mês, em setembro face a agosto. “Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 393 euros, um euro abaixo do valor verificado no mês anterior e menos 11 euros (-2,7%) que em setembro de 2024”, lê-se no boletim do INE.
O gabinete nacional de estatísticas detalha que do valor da prestação, 195 euros (49,6%) correspondem a pagamento de juros e 198 euros (50,4%) a capital amortizado. “É a primeira vez desde maio de 2023 que a componente juros tem um peso inferior a 50%”, salienta.
Já o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 634 euros comparativamente ao mês anterior, elevando-se a 73.496 euros.
Novos créditos habitação: juros descem, mas prestações sobem
Nos contratos de crédito habitação realizados entre julho e setembro, ou seja, nos últimos três meses, a taxa de juro fixou-se em 2,873%, inferior em 1,0 p.b. à taxa observada no mês precedente, correspondendo a uma diminuição acumulada de 150,7 p.b. desde o máximo atingido em outubro de 2023.
Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, que segundo o INE é o mais relevante no conjunto do crédito habitação, a taxa de juro desceu 1,0 p.b. comparativamente com o mês anterior, para 2,872%.
Em sentido oposto está o valor médio da prestação da casa a pagar pelo financiamento bancário, que subiu 15 euros nos últimos três meses, fixando-se em 666 euros (subida de 7,1% face ao mesmo mês do ano anterior).
Relativamente ao montante médio em dívida nos contratos celebrados nos últimos três meses, também acelerou: foi de 163.761 euros, mais 2.440 euros que em agosto, conclui o INE.
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