A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sinalizou esta quinta-feira, dia 18 de dezembro de 2025, que a decisão de manter os juros inalterados foi unânime, mas salientou que todas as opções estão em cima da mesa.
A decisão de não mexer nas taxas de juro, pela quarta reunião consecutiva, foi “unânime”, assegurou Lagarde, na conferência de imprensa após a reunião de dezembro, mas, quando questionada sobre decisões futuras, sublinhou que também partilharam a “visão de que todas as opções devem estar em cima da mesa”.
Lagarde admitiu, assim, que tanto um corte como uma subida dos juros continuam a ser hipóteses, ainda que tenha frisado que as decisões serão tomadas “reunião a reunião” e com base nos dados que forem sendo conhecidos.
A responsável sublinhou também que persiste um elevado nível de incerteza, nomeadamente numa altura em que as “tensões comerciais amenizaram, mas o ambiente volátil” pode ter consequências, como disrupções nas cadeias de abastecimento.
A deterioração do sentimento nos mercados globais pode levar, por exemplo, a um aumento da aversão ao risco, exemplificou. Além disso, as tensões geopolíticas continuam a ser uma fonte de incerteza, acrescentou.
Por outro lado, os gastos dos governos em defesa e infraestruturas “podem impulsionar o crescimento em maior medida do que o esperado”, embora este impulso na despesa pública “também possa acelerar a inflação”.
Quanto aos fatores que impulsionaram o crescimento económico na zona euro, que disse ter sido “resiliente”, apontou como uma surpresa a contribuição das exportações, em particular da indústria química.
Este aumento poderá corresponder à criação de inventários após o anúncio de tarifas, mas “tem sido sustentável, pelo que a contribuição surpreendeu pela positiva”, o que pode estar relacionado com medicamentos para a perda de peso, indicou.
Lagarde destacou ainda ter observado algumas mudanças no perfil de crescimento das economias, em particular no investimento do setor privado, tanto em grandes empresas como em PME, que estão a investir no desenvolvimento de Inteligência Artificial.
Já sobre a inflação, apontou que o BCE estará atento à inflação nos serviços, que tem vindo a acelerar, nomeadamente devido ao crescimento dos salários, que foi superior ao esperado esperado.
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