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portugal tem mais de 350 mil casas à venda e para as escoar, encontrando o equilíbrio entre a oferta e a procura, seriam precisos mais de três anos, afirmou o presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), luís lima, citado pelo jornal de negócios

a reabilitação urbana só será uma realidade se o mercado de arrendamento começar a funcionar correctamente. neste aspecto, e segundo o jornal de negócios (jdn), a câmara municipal de lisboa e os promotores imobiliários estão de acordo.

nos primeiros seis meses do ano foram entregues aos bancos 3.060 casas.

a crise está a afectar de sobremaneira o sector da construção civil e do imobiliário.

nos últimos dez anos, a construção de alojamentos disparou 16,3%, um número bastante superior ao do crescimento da população (1,9%). segundo o expresso, que se baseia nos dados do censos, há quase 5,9 milhões de fogos para pouco mais de quatro milhões de famílias.

as famílias e os promotores imobiliários já entregaram este ano (até abril) 1.750 casas aos bancos em dação, devido a incumprimento no pagamento dos créditos.

as dificuldades no acesso ao financiamento e a promessa dos bancos de fechar a torneira do crédito à habitação provocaram um travão a fundo no dinamismo das transacções imobiliárias.

comprar ou arrendar casa? esta é uma pergunta que muitos portugueses colocam, sobretudo agora, que muita coisa vai mudar no sector imobiliário no país, devido ao acordo estabelecido entre o governo e a "troika", na sequência do pacote de ajuda a portugal de 78 mil milhões de euros.

há cada vez mais pessoas a procurar casas para arrendar em lisboa a valores baixos, mas a oferta é escassa.

luís lima, que em novembro foi reeleito para um segundo mandato como presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), está optimista quanto ao futuro do sector no país.

um estudo da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip) – referente a outubro e novembro do ano passado - concluiu que a procura de casas para arrendamento está em queda, e que quem pretende comprar casa opta por imóveis com preços cada vez mais baixos.

o conselho de ministros aprovou, dia 24 de março, um diploma que "simplifica os regimes de acesso e exercício das actividades de construção, mediação e angariação imobiliária".

a associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip) revelou que em janeiro houve um maior dinamismo no que diz respeito à venda de casas, sendo que as estimativas apontam para a transacção de 17 mil imóveis, tanto em prédios nas cidades como fora.

em janeiro foram entregues à banca cerca de 450 casas pertencentes a famílias e promotores imobiliários.