Riqueza

Em 2025, quase 10.000 milionários fizeram as malas rumo aos Emirados Árabes Unidos, atraídos pela combinação de baixos impostos, clima soalheiro e uma vida de luxo. O Dubai, em particular, tornou-se o grande íman da riqueza global, seguido pelos EUA (+7.500), Itália (+3.600) e Suíça (+3.000). Portugal está também no TOP10, encontrando-se na sétima posição (+1.400). O dinheiro move-se, e fá-lo para onde se sente mais confortável do ponto de vista fiscal.

Em 2024, Portugal registou um aumento de 1,9% no número de milionários, com 3.200 pessoas a entrarem neste grupo, totalizando cerca de 175 mil pessoas com um património superior a um milhão de dólares, revela o “Global Wealth Report 2025” do UBS.

Boa parte (cerca de metade) da riqueza das famílias portugueses está alocada no património imobiliário, ou seja, nas casas que as pessoas possuem. Em 2024, o aumento do património não financeiro (ou seja, a habitação) foi de 4% face ao ano anterior para um total de 505.701 milhões de euros. Um crescimento homólogo, no entanto, inferior ao verificado em anos anteriores.

Desde 2015, a China recebeu a maior quantidade de multimilionários a nível mundial, apesar das dificuldades económicas. Segue-se a Europa Ocidental, com fortes fluxos de entrada na Suíça. Por outro lado, a Europa de Leste teve a maior diminuição, com uma saída líquida de 29 multimilionários, provavelmente influenciada pela guerra na Ucrânia e pela pandemia da Covid-19, segundo a análise do UBS.

Os EUA são a maior economia do mundo há mais de 100 anos e em 2025 vão manter a liderança, com 30,3 mil milhões de dólares. A China (19,5 mil milhões de dólares) também manterá a sua posição - tem sido a segunda maior economia mundial durante 15 anos consecutivos. Juntos, representam mais de dois quintos (43%) do PIB global. Os dados provêm das estimativas do PIB do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2025. Todos os valores são arredondados e em dólares norte-americanos nominais.

A riqueza líquida acumulada pelas famílias portuguesas ultrapassou os 1,1 biliões de euros até junho do ano passado, um crescimento de 72% em dez anos. O imobiliário continuou a ser o principal refúgio para as poupanças rondando os 700 mil milhões de euros, tendo quase duplicado o valor neste período.

Luxemburgo, Noruega e a Irlanda são, por esta ordem, os três países mais prósperos do mundo em 2024, com uma pontuação de 86,2, 85,1 e 84,7, respetivamente. Portugal surge na 41ª posição a nível mundial e 26ª a nível europeu, com 51,16 pontos. Em causa está o Índice de Prosperidade Mundial da HelloSafe, divulgado recentemente.

Em 2023, a riqueza global aumentou 4,2% à medida que os mercados bolsistas globais recuperavam e a inflação caía. Enquanto a Europa, o Médio Oriente e África registaram o crescimento mais forte da riqueza, os EUA aceleraram a cerca de metade do ritmo destas regiões, com uma taxa anual de 2,5%.

Elon Musk (EUA), Jeff Bezos (EUA), Bernard Arnault (França), Mark Zuckerberg (EUA) e Bill Gates (EUA) ocupam, por esta ordem, o top cinco da lista das pessoas mais ricas do mundo, segundo o índice de milionários da Bloomberg. Mas o destaque do ranking vai para Colin Huang, também conhecido como Huang Zheng, o fundador da empresa de comércio eletrónico chinesa Pinduoduo, operadora da conhecida plataforma Temu. Encontra-se no 25º lugar da lista, passando a ser o homem mais rico da China.

Em que países vivem as pessoas mais ricas do mundo? É nos EUA que residem mais milionários e bilionários.

Há cada vez mais fortunas acima de 1 milhão de dólares, o equivalente a 920 mil euros, em Portugal. No ano passado, o número de milionários cresceu 3% para quase 172 mil pessoas, quase mais cinco mil que em 2022, ano em que se contabilizavam 167,5 mil. Até 2028, este número deve aumentar 10% para perto de 189 mil, indica o relatório Global Wealth Report 2024 do banco suíço UBS.

O investidor Warren Buffett, uma das pessoas mais ricas do planeta, disse ao Wall Street Journal (WSJ) que quando morrer irá deixar a fortuna a uma nova fundação de caridade supervisionada pelos três filhos. O filantropo e empresário, de 93 anos, que detém quase 130.000 milhões de dólares (121.333 milhões de euros) em ações da Berkshire Hathaway, adiantou ao jornal que os três filhos devem decidir por unanimidade para que fins filantrópicos será destinado o dinheiro.

A habitação voltou a pesar mais na riqueza das famílias do que o património financeiro em 2023. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) revelam que os portugueses concentram 528,8 milhões de euros do seu património na habitação, tendo subido cerca de 6% face ao ano anterior. E, assim, a casa passou a representar mais de metade da sua riqueza.

Maria Fernanda Amorim, herdeira da fortuna de Américo Amorim, a par das três filhas, Paula, Marta e Luísa, é a única representante portuguesa na lista de bilionários de 2024 da revista Forbes. Tem uma fortuna avaliada em 5,3 mil milhões de euros e ocupa o 522º lugar do ranking, tendo subido várias posições na lista: em 2022 estava na 601ª e no ano passado na 567ª. A lista dos mais ricos do mundo continua a ser liderada por Bernard Arnault, dono da marca de luxo LVMH.

Nova Iorque é a cidade mais rica do mundo graças aos seus 349.500 milionários, número que aumentou em quase 50% na última década, segundo o mais recente estudo "USA Wealth Report 2024”.

O crescimento do PIB e a queda da inflação deixam antever perspetivas mais positivas para 2024, embora permaneça o cenário de cautela nas economias globais, de acordo com previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI). No caso de Portugal, antecipa-se um crescimento de 1,5%.

Um cidadão chinês que fez fortuna com jogos online é um dos mais importantes detentores de terras não americanos nos EUA. Chen Tianqiao possui 80.127 hectares de áreas florestais no Óregon, o que o torna o 82º maior proprietário do país, de acordo com a última classificação do Land Report.

O imobiliário é considerado um refúgio financeiro para investidores e famílias, sobretudo, em tempos de crise.

Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Portugal, expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC), situou-se em 78,7% da média da União Europeia (UE), segunda dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira (14 de dezembro de 2024). Trata-se de um valor superior em 3,4 pontos percentuais (p.p.) face ao registado em 2021 (75,3%).

O equilíbrio do poder económico global mudará de forma drástica nas próximas décadas, de acordo com um relatório recente do Goldman Sachs. Os analistas acreditam que a Ásia poderá tornar-se o maior contribuidor para o PIB mundial, ultrapassando as potências económicas tradicionais agrupadas nos mercados desenvolvidos, como os EUA, o Japão ou os países europeus.

Os imóveis voltaram a ser o principal destino do investimento dos portugueses em 2022. As contas do Banco de Portugal (BdP) revelam que nesse ano as famílias concentraram 498 mil milhões de euros em património imobiliário (nomeadamente em habitações). E esta foi a primeira vez em 13 anos que o património imobiliário passou a pesar mais na riqueza das famílias do que o património financeiro.

Vivem-se tempos de crise em Portugal e no mundo, tendo a alta inflação subido em flecha nos últimos meses, apesar de já estar a desacelerar, e as taxas de juro escalado. A consequência é a perda de poder de compra. Mas, por outro lado, há mais pessoas a enriquecer em Portugal, tendo o país mais 31 mil novos milionários que há dois anos.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado, tendo registado, no entanto, uma variação nula em cadeia. Em causa está uma estimativa rápida divulgada esta segunda-feira (31 de julho de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Praticamente dois terços do património líquido das famílias portuguesas estão concentrados em ativos imobiliários, sendo a maioria desta percentagem relativa às casas onde as pessoas residem. Trata-se do valor mais elevado dos últimos dez anos (62,2% em dezembro de 2022, 60,1% em dezembro de 2021 e 62,4% em dezembro de 2012). 

O número de agregados a pagar a taxa adicional de solidariedade do IRS, que se aplica a quem tem rendimentos superiores a 80.000 euros brutos por ano – consideradas as famílias mais ricas em Portugal –, subiu 16% em 2021 face ao ano anterior. Foram, no total, 21.848 famílias (18.780 em 2020). Comparativamente com 2019 (19.359 famílias), o aumento é ligeiramente inferior (13%).