BCE quer juros restritivos o tempo necessário para descer inflação
O Banco Central Europeu (BCE) continua empenhado em trazer a inflação na Zona Euro de volta à meta dos 2%. “Isso significa elevar as taxas a níveis suficientemente restritivos e mantê-las nesse nível pelo tempo que for necessário", garante Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do BCE.
BCE abranda subida de juros diretores para 25 pontos base
Os mercados financeiros acalmaram, depois da forte turbulência sentida com o colapso do Silicon Valley, nos EUA, e da crise financeira no Credit Suisse, na Europa. Mas a inflação na Zona Euro subiu para 7% em abril, depois caído durante seis meses consecutivos, e a inflação subjacente continua elevada. Foi perante este cenário que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira, dia 4 de maio, voltar a subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, abrandando, assim, o ritmo de subidas registado nas últimas reuniões.
Bancos centrais optam por fazer pausa na subida dos juros
O ciclo de subida de juros de referência já vai longo em algumas economias do mundo. Mas em abril esta tendência mudou. Entre os 36 bancos centrais do mundo que tomaram decisões de política monetária no mês passado, 25 optaram por não subir as taxas de juro de referência. Avaliar o risco de recessão económica e os efeitos do encarecimento dos créditos (habitação) está por detrás da decisão destes reguladores.
Inflação na Zona Euro sobe para 7% em abril após 6 meses a descer
Após seis meses de recuos consecutivos, a taxa de inflação na Zona Euro subiu ligeiramente para 7,0% em abril, segundo aponta a estimativa rápida divulgada pelo Eurostat esta terça-feira, dia 2 de maio. Em Portugal, a inflação em abril ter-se-á fixado em 6,9%.
BCE vai subir os juros mais 3 vezes, aponta “falcão” holandês
Hoje, uma das grandes missões do Banco Central Europeu (BCE) passa por baixar a inflação na Zona Euro até ao patamar dos 2%, de forma a ser assegurada a estabilidade dos preços. Para já, a inflação tem dado sinais de descida, mas a inflação subjacente continua em alta. Por isso mesmo, o governador do Banco da Holanda, Klaas Knot, considerado um “falcão” do Conselho de Governadores do BCE, tem-se mostrado favorável à subida das taxas de juro diretoras nas reuniões agendadas para maio, junho e julho, se a inflação subjacente não mostrar sinais de descida.
Nova subida de juros em maio? Economista-chefe do BCE diz sim
O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, tem-se mostrado favorável à continuidade do aumento dos juros diretores se as projeções macroeconómicas do regulador europeu sobre a inflação e crescimento económico se mantiverem. Mas sublinhou a importância de investigar o estado dos empréstimos bancários e das condições de financiamento das empresas, para avaliar o impacto da recente turbulência financeira.
BCE tem "ingredientes favoráveis" para estabilizar subida de juros
Mário Centeno disse esta quinta-feira, dia 29 de março, que os "ingredientes" que o Banco Central Europeu (BCE) tem para a reunião de política monetária de maio são "muito favoráveis" a uma estabilização ou, no limite, uma paragem das subidas das taxas de juro.
Elevada incerteza no setor financeiro pede vigilância, diz FMI
A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, pediu este domingo, dia 26 de março, para "se permanecer vigilante" face à "elevada incerteza" no setor financeiro, comentários que surgem depois das recentes turbulências com os bancos ocidentais.
BCE vai voltar a subir juros depois do aumento de 50 pontos em março
O Banco Central Europeu (BCE) vai voltar a subir, em março, as taxas de juro diretoras em 50 pontos base, elevando a taxa de refinanciamento para os 3,5%. E Christine Lagarde, presidente do regulador europeu, declarou esta quarta-feira que os aumentos das taxas de juro para conter a inflação devem continuar, embora não tenha adiantado as dimensões dos novos aumentos. Já Joachim Nagel, governador do banco central alemão, avisa que os juros terão de subir “de forma significativa” para controlar a inflação na Zona Euro.
Pedir crédito habitação em março custa mais 300 euros de prestação
Há um ano, as taxas Euribor ainda estavam em terrenos negativos, mas logo começaram a dar os primeiros sinais de subida. Esta foi uma das primeiras reações do mercado às subidas das taxas de juro diretoras então anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) para travar a subida da inflação, que a guerra na Ucrânia catalisou. De lá para cá, a política monetária apertou (muito) e as taxas Euribor já subiram mais de 3 pontos percentuais (p.p.), estando hoje em níveis de 2008. E esta evolução é espelhada nas prestações da casa dos novos créditos habitação de taxa variável: quem contratar um empréstimo em março de 2023 vai pagar mais 300 euros, face a quem assinou o contrato um ano antes.