Crise na Grécia

O antigo e mítico líder das Finanças gregas, Yanis Varoufakis, continua a ser uma voz ativa sobre a economia internacional, que faz eco no panorama internacional. Apontando mais uma vez fortes críticas às principais autoridades políticas e económicas da Europa, o político helénico avisa que o "desempenho económico Grécia vai continuar a cair" e que Portugal é "uma bolha" que pode rebentar em breve.

A situação na Grécia parece estar a melhorar e o Banco Central Europeu (BCE) decidiu reduzir o limite máximo da linha de liquidez de emergência disponibilizada para os bancos helénicos, num sinal de que estão amenizadas as restrições de liquidez.

A Grécia inicia hoje um “novo ciclo”, na sequência do acordo entre o governo de Alexis Tsipras e os credores, que permitirá a negociação de um terceiro resgate. Os bancos reabriram, ainda com algumas restrições, começaram a ser aplicados os aumentos do IVA e chegam a Atenas os 7.000 milhões de euros do financiamento temporário, dos quais 4.000 milhões devem ser hoje pagos ao BCE.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, deu ao povo o poder para decidir o futuro do país. O 'não' às medidas europeias sobrepôs-se ao 'sim' e a vontade do povo fez-se ouvir. Entretanto, esta manhã, Yanis Varoufakis apresentou a sua demissão como ministro das Finanças da Grécia, argumentando que a sua saída vai facilitar as negociações no Eurogrupo. E agora, o que se segue?

A Grécia e a Europa vivem momentos únicos de fragilidade e descontrolo. No próximo dia 5 de julho, a Grécia vai a referendo sobre as negociações com os credores e até lá os bancos estão fechados e os capitais controlados, com o risco latente do país da zona euro. Ainda assim, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, afirmou hoje que há "margem para negociação" entre Atenas e os credores, revelando que Bruxelas apresenta ainda hoje "novas propostas" para tentar evitar o incumprimento grego.

o bcp assinou acordos definitivos com o piraeus bank para a venda da totalidade do millennium bank, na grécia, por um milhão de euros.