Logística

A logística continua a atrair investidores e a ser um segmento “estrela” do mercado nacional – e só não cresce mais, porque falta oferta, segundo a Savills. No ano passado, mais metade dos negócios foram fechados na região norte do país.

O Ermida Park acaba de ser construído na Ermida Santo Tirso, um dos principais parques logísticos do Grande Porto. Esta nova plataforma tem mais de 30 mil metros quadrados (m2) de área bruta locável.

A Alliance Healthcare está a vender uma plataforma logística com aproximadamente 6.100 metros quadrados (m2) na Cabra Figa - Trajouce, concelho de Sintra. A CBRE é a responsável pela comercialização do ativo, em regime de exclusividade.

Para dar resposta à crescente procura por imóveis logísticos e armazéns a região Norte do país, a Panattoni, uma empresa global de desenvolvimento imobiliário e logístico, decidiu investir 50 milhões de euros na construção do Parque Logístico de Valongo.

O segmento da logística em Portugal continua no radar dos investidores. O Panattoni Park Lisbon-City, o segundo da promotora imobiliária logístico-industrial norte-americana no país – o primeiro encontra-se em Valongo –, vai nascer em Santa Iria da Azóia (Loures), às portas de Lisboa. Terá 85.000 metros quadrados (m2) de Área Bruta Locável (ABL), distribuídos por diversos espaços de armazém e de escritórios, e estará concluído no final de 2025. “Será um dos projetos logísticos com maior expressão da Grande Lisboa”, referem em comunicado a Savills e a Cushman & Wakefield (C&W), responsáveis pela comercialização do ativo. 

É mais um negócio que comprova que Portugal continua no radar dos investidores imobiliários estrangeiros, nomeadamente no segmento da logística. A norte-americana Barings anunciou a compra de um terreno de 210.000 metros quadrados (m2) nos arredores de Lisboa, em Santa Iria da Azoia (Loures), onde planeia desenvolver um dos maiores parques logísticos de Portugal. O terreno em causa estava na posse do grupo francês Saint-Gobain e o valor da transação não foi revelado. 

A descida dos preços dos imóveis na Europa e nos EUA está a revelar-se uma oportunidade de negócio para os investidores com elevada liquidez. É o caso de Amancio Ortega, fundador e principal acionista da Inditex (dona da Zara), que só em 2023 avançou com 10 aquisições de imóveis por 1,1 mil milhões de euros, nos quais se incluem casas, escritórios e ainda imóveis de logística.

O fundador e maior acionista da Inditex, Amancio Ortega, através do seu braço de investimentos Pontegadea, adquiriu um complexo logístico no Baldonnell Business Park, em Dublin, cujo principal inquilino é a Amazon, por um valor de 225 milhões de euros, confirmaram à Europa Press fontes familiarizadas com a operação.

A Merlin Properties está a reforçar a sua aposta em logística e prepara-se para desenvolver terrenos e aumentar o peso desse segmento no seu portefólio nos próximos meses. Tem mais de 600.000 m2 para desenvolver no eixo Madrid-Guadalajara, Sevilha, Valência e Lisboa.

Uma unidade com área total de 1.800 metros quadrados (m2) localizado na Maia (Porto) mudou de mãos, tendo sido vendido pelo Fundo AF Portfólio Imobiliário, gerido pela Interfundos, a um investidor privado. O nome do comprador e o montante pelo qual e consumou o negócio não foram revelados pela Cushman & Wakefield (C&W), que assessorou a transação. 

O contexto vivido na Europa nos últimos meses, pautado pelos elevados níveis da inflação, pelo aumento dos custos dos empréstimos e pela falta de ajuntamento dos preços de venda ao poder de compra, está a condicionar o investimento imobiliário. E o mesmo se passa em Portugal.

O investimento em imobiliário comercial está em queda em Portugal, tendo sido transacionados 321 milhões de euros no terceiro trimestre de 2023, contribuindo para o valor anual até setembro de 1.053 milhões de euros. Trata-se de um decréscimo homólogo de 40%. Esta é uma das conclusões a retirar do mais recente relatório Marketbeat Snapshot, da Cushman & Wakefield (C&W), que resume a atividade imobiliária comercial em Portugal durante o terceiro trimestre do ano.

O setor da logística continua a ser atrativo para os investidores imobiliários. A provar isso mesmo está a aquisição, por parte da CORUM Investments, de um centro logístico em Ribeirão, Famalicão – numa zona industrial consolidada, a 30 minutos do Porto –, por cerca de 26 milhões de euros, que está arrendado à Olicargo, empresa de referência no transporte e serviços de logística sediada na Trofa. Trata-se de um contrato de arrendamento não renunciável com a duração de 19 anos.

A Ecologis, Joint-Venture entre a Bedrock Capital Partners e a Europi Property Group, comprou à Mizrahi Investments Portugal um armazém logístico com cerca de 7.000 metros quadrados (m2). Trata-se de um imóvel que está localizado em Leça do Balio e que dispõe de excelentes acessos à cidade do Porto, encontrando-se atualmente arrendado a uma multinacional líder no setor da produção e distribuição de produtos médicos.

Há uma plataforma logística localizada na zona da Maia, no Grande Porto – a apenas 1,5 km do aeroporto Francisco Sá Carneiro –, disponível no mercado. Irá oferecer aproximadamente 17.000 metros quadrados (m2) de área locável, tem como proprietário a M7 Portugal e será alvo de um “investimento considerável, em áreas críticas para a atividade logística, conferindo-lhe as necessárias mais valias técnicas”, refere em comunicado a CBRE, responsável pela comercialização, em regime de exclusividade, do ativo logístico.

O ambiente macroeconómico continua a ser uma realidade desafiante para os investidores e arrendatários dos imóveis industriais de logísticos na Europa. O aumento dos custos, a incerteza económica e a falta de mão de obra são três dos principais fatores que afetam os inquilinos em 2023. Alguns arrendatários destes espaços logísticos estão mesmo a adiar os seus planos de expansão no curto prazo, até porque há falta de ativos novos. Mas, ainda assim, a procura por imóveis industriais e de logística por parte dos inquilinos tem-se mantido saudável, com novos negócios de ocupação a florescer pelo espaço europeu.  

Vai nascer uma nova megaplataforma de logística na região do Montijo. O VGP Park Montijo, assim se chama, será construído no antigo Apeadeiro de Sarilhos, junto à Estrada Nacional nº 5. A empreitada já arrancou e espera-se que a obra esteja concluída dentro de um ano.

O mercado logístico português caracteriza-se por ter uma escassa oferta de imóveis. Já a procura por este segmento imobiliário tem estado em alta. A boa notícia para os investidores é que há um novo armazém logístico à venda em Alverca, no distrito de Lisboa. Tem 20.000 metros quadrados (m2) e o seu atual proprietário, a Ecologis, colocou-o no mercado por um valor não revelado. O imóvel vai ser renovado brevemente.

Um armazém de logística localizado na Quinta do Anjo, em Palmela, está disponível para arrendamento. O espaço, que pertence à promotora imobiliária Wealimit, tem um total de 10.300 metros quadrados (m2) e foi recentemente reabilitado.

O mercado imobiliário vive um momento incerto, marcado por um contexto de inflação e subida de juros que tem gerado preocupações entre os investidores. Mas, ainda assim, o imobiliário comercial em Portugal continua a atrair investimento: foram fechados 40 negócios só nos primeiros seis meses do ano, por cerca de 740 milhões de euros, mais 4% face ao período homólogo. Os hotéis e os ativos de retalho brilharam neste período, atraindo a maior fatia de investimento.

A cidade de Valongo será o destino do primeiro parque logístico de última geração da Panattoni em Portugal. O Panattoni Park Valongo, com acesso direto à A41 e localizado apenas a 2 km da A4, será o maior projeto logístico do Norte do país: num terreno com cerca de 150.000 metros quadrados (m2) vai nascer um parque de 75.000 m2 composto por dois armazéns de 27.000 e 47.000 m2 com área de escritório, para utilização industrial ou logística e que podem ser arrendados a um ou vários inquilinos. Em causa está um investimento de 50 milhões de euros. 

A procura por unidades industriais e logísticas em Portugal continua a aumentar e a ser bem superior à oferta disponível. Mas há boas notícias. Acabam de ser colocados à venda dois espaços industriais localizados em Santa Maria da Feira e em Viseu, por cerca de 16 milhões de euros.

A gestora de ativos norte-americana Bain Capital (BC) e a espanhola Conren Tramway (CT), de investimento e desenvolvimento imobiliário, juntaram-se – fizeram uma joint venture – para investir mais de 600 milhões de euros na área da logística em Portugal e Espanha nos próximos cinco anos.