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prestação da casa sobe quase 300 euros com aumento dos “spreads”

os "spreads" no crédito à habitação vão continuar a subir e podem chegar a atingir o valor médio de 5% nos novos contratos nos próximos dois a três anos. um alerta deixado pelo presidente da associação portuguesa de bancos (apb), antónio de sousa. segundo as contas do jornal i, um "spread" médio de 5% vai representar um aumento de quase 300 euros na prestação mensal, face ao montante exigido hoje

de acordo com antónio de sousa, os bancos estão "a perder dinheiro" ao financiarem-se no mercado com um juro superior ao que estão a cobrar nos empréstimos para a compra de casa. o responsável deu como exemplo, numa entrevista concedida à rádio renascença, o juro de 8% da emissão da cgd com aval do estado. "o custo do crédito para o banco a três anos saiu quase a 8%. ora, o custo neste momento do crédito à habitação ainda está muito abaixo disso. a caixa pagou de ‘spread’ em relação à euribor praticamente 5%, o que significa que está a perder dinheiro cada vez que faz uma operação", explicou

segundo o jornal i, a confirmar-se a subida do "spread" médio para 5% a prestação do crédito aumenta, pelo menos, 278 euros por mês. ou seja, um crédito a 150 mil euros a amortizar em 30 anos e associado à euribor a seis meses significa uma prestação de cerca de 695 euros por mês, tendo em conta um "spread" médio mínimo de 2%, cobrado actualmente pelas 12 maiores instituições bancárias a operar no país. mas se o "spread" médio aumentasse para 5%, a factura a pagar ao banco seria de 972 euros

um aumento que se deve também, além da subida dos "spreads", à subida das taxas de juro, sendo que as taxas euribor, que servem de indexante ao cálculo das prestações, estão a subir desde janeiro

o jornal i escreve que os 12 maiores bancos cobram hoje aos "bons" clientes um "spread" médio mínimo de 2% enquanto às famílias com maior perfil de risco exigem um juro médio de quase 5,2%

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