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Portugal é o rei da Europa no peso das moratórias no crédito total concedido pelos bancos
Jornal de Negócios

Entre 27 de março e final de agosto, os bancos receberam pedidos para moratórias relativas a 787.807 contratos de crédito, tendo sido aplicada esta medida a 726.996 contratos – a maioria dos empréstimos abrangidos pelas moratórias (42,9%) são relativos a financiamentos para habitação própria permanente e outros créditos hipotecários. Números que fazem com que os bancos nacionais sejam, à escala europeia, os que têm a maior proporção de moratórias em relação ao crédito total: representam perto de 22% do crédito, mostra o relatório da DBRS.

De acordo com o Jornal de Negócios, que se apoia no referido relatório, Irlanda e Reino Unido completam o pódio, com 13,4% e 9,80%, respetivamente. Itália e Espanha, dois dos países europeus mais afetados pela pandemia da Covid-19, ocupam a quarta e quinta posições, com 9,30% e 9,20%, pela mesma ordem.

Para Paulo Soares de Pinho, diretor do Lisbon MBA, as moratórias são “mais do que uma bomba relógio” para a banca. “Bomba relógio seria se tivéssemos situações más que apenas estamos a adiar. É pior que isso. Temos situações más que estamos a agravar”, disse o responsável, citado pela publicação.

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