
Apesar de a Euribor estar a cair a olhos vistos, os bancos em Portugal continuam empenhados em criar ofertas de crédito habitação a taxa mista bem atrativas. Até porque este é o tipo de juros mais contratado atualmente no nosso país. Um dos bancos que lançou recentemente uma campanha de empréstimo habitação a taxa mista foi o Millennium bcp, na qual devolve o valor do spread durante os primeiros dois anos do contrato. Explicamos tudo na rubrica do crédito habitação do mês de novembro.
A estratégia dos bancos para atrair clientes no universo do crédito habitação continua a estar centrada na taxa mista. Mas a banca está agora mais pressionada em melhorar as suas ofertas de crédito da casa numa altura em que as taxas Euribor estão a cair, descendo - e muito - as prestações da casa dos novos créditos habitação a taxa variável, tal como apontaram vários analistas ao idealista/news.
Neste contexto, as famílias saem a ganhar tendo maior leque de escolhas de crédito habitação com diferentes taxas de juro (sobretudo, mista e variável). E os jovens entre os 18 e 35 anos acabam por beneficiar não só da isenção do IMT e Imposto de Selo na compra de casa, mas também da isenção dos emolumentos relativos à aquisição da primeira habitação, como o registo da escritura e da hipoteca, no valor de 225 euros cada.

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Taxa mista no crédito da casa: quais as vantagens da oferta do BCP?
O Millennium bcp foi um dos bancos que lançou recentemente uma campanha de crédito habitação a taxa mista com várias vantagens para as famílias. Desde logo, nos primeiros dois anos do contrato o banco devolve o valor dos juros correspondentes ao spread contratado em novos créditos da casa. Esta é uma campanha válida para empréstimos aprovados até dia 31 de dezembro de 2024 e contratados até 31 de janeiro de 2025, com vendas associadas facultativas e com conta à ordem no BCP.
Assim fica o pagamento dos juros nesta oferta de crédito a habitação a taxa mista do BCP, que fixa os juros nos dois primeiros anos, seguido a período a juros variáveis:
- Taxa fixa durante primeiros 2 anos: será de 2,70% + spread, sendo que neste período a prestação da casa a pagar terá a dedução do juro correspondente ao spread contratado para o período de taxa variável;
- Taxa variável no restante período do contrato: após os dois primeiros anos, o crédito da casa passa a taxa variável que é a soma da Euribor contratada com um spread a partir de 0,75% (com bonificação máxima).
Nesta oferta, a TAEG começa os 4,40% com vendas associadas facultativas. De notar ainda que o BCP financia até 90% do menor valor entre o preço da casa e da avaliação bancária na compra de habitação própria e permanente. O prazo de pagamento máximo é de 40 anos ou os limites definidos pelo Banco de Portugal consoante a idade. A idade limite para pagar o empréstimo é de 75 anos.
Esta campanha do BCP não fica por aqui. O banco dá ainda várias soluções de vinculação, não se centrando apenas na domiciliação do ordenado ou na contratação dos seguros de vida e multirriscos através do banco, para a obtenção da máxima bonificação no spread do crédito habitação, tais como utilização de cartões ou domiciliação de pagamentos domésticos.
Além disso, se o futuro mutuário tiver entre 18 e 35 anos tem ainda direito à isenção de todas as comissões iniciais se estiver a comprar uma habitação própria permanente, nomeadamente a comissão de dossier (290 euros + IS), a comissão de formalização (200 euros + IS) e a comissão de avaliação (230 euros + IS). Contas feitas, os jovens podem poupar um valor adicional de 749 euros nestas isenções em comissões bancárias.

Famílias continuam a optar pela taxa mista no crédito da casa
Com a descida dos juros, isenção de IMT para jovens e ofertas de crédito atrativas, os bancos têm sentido um aumento da procura por crédito habitação. O Banco de Portugal (BdP) revelou que foram contratados 1.545 milhões de euros em novos empréstimos da casa em setembro, o segundo valor mais elevado desde março de 2022 (apesar de ser descido um pouco face ao mês anterior).
O que também salta à vista é que os créditos habitação a taxa mista continuam a ser os preferidos de quem avança com a compra de habitação própria e permanente no nosso país. Em setembro, a taxa mista representou 78% dos novos contratos deste tipo, uma das percentagens mais elevadas desde 2019.
Esta maior contratação de créditos a taxa mista - que fixam a prestação da casa num período inicial do contrato seguido a taxa variável – começou a fazer-se sentir há cerca de dois anos, quando a Euribor começou a galopar. E continua a ser tendência mesmo numa altura em que as taxas Euribor a 12 e 6 meses estão em torno de 3% (ou até abaixo deste patamar), porque os bancos continuam empenhados em criar ofertas mais acessíveis a taxa mista para atrair clientes.
O que se tem visto é que a maioria das campanhas fixam os juros num curto período de tempo (1,2 3 ou até 5 anos), o que significa que as famílias só vão ter prestações da casa estáveis durante esse período, estando no resto do contrato dependentes das flutuações das taxas Euribor.
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