Reencaminhamento de chamadas para o serviço de informação a vítimas de violência doméstica é feito de forma anónima.
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IKEA ajuda vítimas de violência doméstica
Foto de Zheka Kapusta na Unsplash
Lusa
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A linha de atendimento do IKEA permite, a partir desta quarta-feira (8 de março de 2023), o reencaminhamento de chamadas para o serviço de informação a vítimas de violência doméstica, sem que essa ligação fique com o destino registado, para maior proteção da vítima. O anúncio da campanha “Recomeços” foi feito pela cadeia internacional de mobiliário e decoração.

Quem recorrer ao serviço, que pretende incentivar o pedido de ajuda, será atendido “por uma equipa técnica especializada, de forma anónima e confidencial”.

As vítimas ou testemunhas de violência podem recorrer à Linha de Apoio ao Cliente da IKEA (21 989 99 45), por mensagem (3060) ou através do número 800 202 148.

IKEA cria fundo de 12 mil euros para apoiar vítimas

A IKEA vai também criar um fundo, de 12 mil euros, destinado a mulheres temporariamente residentes em Casas de Abrigo da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, para apoio à sua autonomização.

O objetivo do fundo é pagar as primeiras rendas quando as mulheres nesta situação tenham reunidas as condições de segurança para recomeçar as suas vidas numa habitação própria.

A iniciativa resulta de uma parceria com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), a quem compete a atribuição dos apoios.

“Estas mulheres, muitas vezes com os filhos, têm o direito a recomeçar as suas vidas, de forma segura e confortável. Conseguir apoiar pessoas nestas situações complexas, numa nova casa, que simboliza esperança, segurança e recomeço, deixa-nos muito orgulhosos”, salienta, citada em comunicado, a diretora de comunicação da IKEA Portugal, Cláudia Domingues.

Também citada na mesma nota, a representante da CIG, Marta Silva, destacou a importância de apoiar as mulheres que tomaram a decisão de viverem “longe de um ambiente abusivo” e referiu que a inflação no mercado de arrendamento tem tido um “impacto enorme na capacidade de autonomização destas mulheres que são obrigadas a recomeçar”. “Através deste apoio financeiro ao arrendamento, conseguimos ajudar a fazer face às despesas iniciais com a habitação”, acentuou Marta Silva.

O comunicado alude aos dados mais recentes do Portal de Violência Doméstica, de outubro a dezembro de 2022, onde é indicado que a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica acolheu 1504 pessoas.

Das vítimas adultas, 96% eram mulheres e do total de pessoas acolhidas, 52 % eram crianças que acompanharam as mães.

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