
em três dias, o número de facturas que os restaurantes enviaram para a autoridade tributária e aduaneira (at) triplicou, passando de 3,09 milhões para 9,11 milhões. ainda assim, a maioria dos consumidores continua a não associar o número de contribuinte às respectivas facturas e a não aproveitar o benefício fiscal que o fisco oferece
segundo o dinheiro vivo, que se apoia nos dados “e-factura”, integrado no site das finanças, até segunda-feira (dia 18) chegaram 9,42 milhões de facturas das quatro áreas de actividade que conferem um crédito fiscal aos consumidores e lhes permitem reduzir o seu irs, sendo que 9.112.387 foram enviadas pelos sectores da restauração e alojamento
sublinhe-se, no entanto, que em apenas 9% dos casos os clientes optaram por associar o seu número de contribuinte à factura e ficar, desta forma, em condições de abater ao seu irs 5% do iva que pagaram na conta, refere a publicação. a diferença entre as facturas reportadas e as que têm o nif do cliente faz com que o valor do crédito fiscal potencial atinja já os 870 mil euros, ainda que o benefício efectivamente concedido se fique pelos 185 mil euros, ou seja, 21%. assim sendo, a relativa reduzida adesão dos contribuintes faz com que a perda potencial em termos de benefício que poderia ser usado para reduzir a conta do irs ascenda a 685 mil euros
as novas regras das facturas entraram em vigor no primeiro dia do ano e obrigam os agentes económicos a emitirem factura sempre que esteja em causa uma venda de bens ou serviços. apesar de o fisco prever mão pesada para as empresas que não passem factura – as multas podem ir dos 200 aos 3.750 euros –, os clientes que não as exijam podem também ser multados, tendo de pagar uma coima entre os 75 e os 2.000 euros
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